postado em 08/05/2009 10:24
As irregularidades no pagamento de benefícios do Bolsa-Família, identificadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), poderiam ser reduzidas se o governo aprimorasse os métodos de controle do programa.
Para Francisco Menezes, coordenador da organização não-governamental (ONG) Instituto Brasileiro de Análises Econômicas e Sociais (Ibase), uma das fragilidades do programa é a fraca participação da sociedade no seu controle. ;As políticas de controle social precisam ser fortalecidas;, disse.
Formalmente existe uma estrutura organizada nos municípios com a incumbência de fazer o controle. Mas, segundo Menezes, seu funcionamento é precário. ;O programa ainda se comunica mal com a sociedade;, afirmou. ;As pessoas são mal informadas e muitas vezes não sabem responder a questões básicas, como a renda limite para alguém ser beneficiário.
Na opinião de Claudio Abramo, diretor da ONG Transparência Brasil, uma alternativa à disposição do governo seria verificar se há cadastrados que apresentaram declaração de renda e cruzar as informações da Receita com as do Bolsa-Família. ;Vai ser possível descobrir quem são as pessoas que, conforme apontou o TCU, têm automóvel e são beneficiárias;, disse. ;Normalmente os bens são declarados ao fisco.; As informações são do jornal O Estado de S. Paulo