Politica

Lula diz que Lugo sabe que o Brasil está disposto a chegar a um consenso sobre Itaipu

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postado em 08/05/2009 19:54
Mesmo sem fechar acordo sobre a Hidrelétrica de Itaipu com o Paraguai, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (8) que não há frustração com o país vizinho. Segundo ele, o presidente paraguaio Fernando Lugo está ciente de que o Brasil está disposto a chegar a um consenso. O presidente minimizou o impasse entre os dois países, alegando que ;muitas vezes; os acordos demoram a sair. ;Acho que o Lugo saiu satisfeito e ciente de que o Brasil tem boa vontade com o Paraguai;, disse Lula, em Campo Grande (MS), após participar da viagem inaugural do Trem do Pantanal. Antes de embarcarem para Mato Grosso do Sul, Lula e Lugo concederam entrevista à imprensa em Brasília na qual disseram que darão continuidade às negociações e se encontrarão novamente em julho. Eles se reuniram ontem (7) sem chegar a um entendimento. O Paraguai quer aumentar a tarifa paga pelo Brasil pela energia de Itaipu, rever a dívida contraída por causa da construção da usina e a livre disponibilidade de vender a energia excedente para o país. Para atender algumas das demandas, seria preciso mudar o Tratado de Itaipu, de 1973, em que cada país tem direito a 50% da energia produzida. O Paraguai usa somente 5% e o restante fica com o Brasil, como determina o tratado, que paga a energia excedente. Em contrapartida, o Brasil oferece a criação de uma linha de crédito de US$ 1 bilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para obras de infraestrutura no país vizinho e de um fundo binacional para estimular a atividade produtiva. Lula não antecipou mudanças em relação à poupança, pois não quer especular para prejudicar terceiros. Ele disse que vai esperar conclusões do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Lula voltou a garantir que ;os pobres não perderão nada nesse país;. No início da semana, Mantega descartou redução do rendimento da poupança, independente das mudanças a serem adotadas. Em ocasiões anteriores, o presidente afirmou que estuda alterações na caderneta para evitar a migração de grandes investidores. Sobre alianças regionais com o PMDB, o presidente afirmou que trabalha para uma aliança nacional com o partido ; o maior da base governista no Congresso Nacional ; apesar de admitir que enfrentará dificuldades em alguns estados.

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