A Procuradoria-Geral do Maranhão pediu nesta segunda-feira que a Polícia Civil investigue suspeitas de superfaturamentos em contratos firmados durante o governo de Jackson Lago (PDT), cassado no mês passado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Em seu lugar, assumiu o governo Roseana Sarney (PMDB).
Segundo a procuradoria, serão averiguadas suspeitas de irregularidades no fretamento de aviões, em convênios entre a Fapead (Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão), a Casa Civil e a Secretaria de Comunicação e no pagamento de obras não efetuadas em um ginásio de São Luís.
O procurador-geral Marcos Lobo afirma que as irregularidades foram encontradas pelos novos secretários. "O principal foco do governo é resguardar o patrimônio público e recuperar os recursos desviados", afirmou o procurador, segundo sua assessoria. Ele pediu a abertura de três inquéritos para apurar as denúncias.
Lobo também afirma que os secretários da época também devem ser ouvidos para explicar as suspeitas de desvios.
Segundo o atual governo, há mais dois inquéritos que estão sendo apurados a respeito de possíveis irregularidades na gestão anterior. Um é sobre o desaparecimento de equipamentos na Secretaria de Meio Ambiente. O segundo trata de crimes de peculato, corrupção ativa e passiva e a formação de quadrilha na administração da Caema (Companhia de Águas e Esgotos do Maranhão). Procurado pela reportagem, o ex-governador Lago não foi encontrado para comentar as acusações.