postado em 12/05/2009 12:08
O Senado deve reduzir de 181 para sete o número de diretorias da Casa. Estudo apresentado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) nesta terça-feira ao presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), sugere essa redução, mas mantém os salários dos ex-diretores no mesmo patamar.
Das 181 diretorias da Casa, a FGV identificou 41 com servidores que efetivamente ocupavam cargos de direção. O estudo sugere que essas 41 diretorias sejam reduzidas para sete. Mas os 34 ex-diretores restantes vão manter os atuais salários se as funções forem excluídas.
A FGV criou uma nova classificação salarial para cinco dos sete diretores que serão mantidos. Os cinco vão ter reajuste salarial, subindo de funções comissionadas, enquanto outros dois vão manter o nível máximo de funções de comissões encontradas na Casa. Enquanto isso, os 34 diretores que vão perder os cargos de comando vão manter os salários na classificação atual --sem qualquer redução salarial. O professor Gilnei Teixeira, da FGV, disse que não houve motivos para a sugestão de redução nos salários dos ex-diretores. "Durante o trabalho, não houve indicador técnico que apontasse a necessidade de redução dos salários. Esta não é o tipo da Casa que possa se sujeitar a corte pirotécnicos", disse o diretor.
O presidente José Sarney havia solicitado o estudo à FGV no final de março para implementar uma ampla reforma administrativa na Casa. O estudo foi consequência das denúncias de uma série de irregularidades encontradas na instituição, entre elas o número de 181 servidores que ocupavam cargos de diretoria.