Politica

CPI para investigar governo Yeda tem dez assinaturas do PT e PC do B

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postado em 12/05/2009 16:53
A bancada do PT na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul conseguiu nesta terça-feira a adesão de dez deputados para instalar uma CPI para investigar o governo Yeda Crusius (PSDB): nove do PT e um do PC do B. São necessários 19 parlamentares favoráveis à investigação para protocolar o pedido. Os petistas fizeram um apelo hoje no plenário da Casa para que os deputados apoiassem a CPI. O objetivo é investigar denúncias como o suposto desvio de dinheiro no Detran-RS, fraude em licitações do governo, além de caixa dois na campanha eleitoral de 2006. Segundo o líder da bancada petista, deputado Elvino Bohn Gass, os partidos disseram que vão avaliar o pedido antes de assinar. "Nós fizemos a nossa parte. Agora vamos aguardar as bancadas refletirem", afirmou. Bohn Gass disse que os dois deputados do PSB devem assinar o pedido de investigação amanhã. O PDT, com seis deputados, poderá aderir nos próximos dias. O líder petista disse desconhecer um acordo entre as bancadas do PSDB e do PMDB para livrar Yeda da CPI. Segundo o "Painel" da "[*Folha*]", para evitar a investigação, os tucanos se comprometeram a fazer com que a governadora não tente a reeleição. A proposta prevê ainda o apoio do PSDB ao prefeito José Fogaça (PMDB) ao governo do Rio Grande do Sul. "Seria lastimável um acordo deste. Seria uma forma de encobrir todas as denúncias", afirmou Bohn Gass. Denúncia Segundo reportagem da revista "Veja" desta semana, gravações feitas pelo empresário Lair Ferst, um dos ex-coordenadores da campanha tucana em 2006, revelam que Carlos Crusius --marido de Yeda-- teria recebido R$ 400 mil em espécie. As gravações mostrariam uma conversa entre Ferst e Marcelo Cavalcante, ex-assessor de Yeda, encontrado morto em fevereiro, em Brasília. Para a revista, os áudios mostram que Cavalcante admite que, depois do segundo turno da eleição de 2006, coletou R$ 200 mil da Alliance One e outros R$ 200 mil da CTA Continental, empresas de fumo. Em entrevista ao jornal "Zero Hora", Carlos Crusius disse que nunca viu "R$ 400 mil juntos" na vida. Yeda também nega a existência do caixa dois.

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