Politica

De olho em 2010, PMDB livra Yeda de CPI para investigar suposto caixa dois

;

postado em 13/05/2009 08:46
Composta de nove deputados, a bancada do PMDB na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul decidiu que não assinará o requerimento para instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o suposto caixa dois na campanha eleitoral da governadora Yeda Crusius (PSDB), em 2006. O PMDB faz parte da bancada de apoio à governadora. As outras siglas governistas também fecharam contra a CPI (veja quadro nesta página). O requerimento foi elaborado pelo PT. Ontem, havia apenas 10 das 19 assinaturas necessárias para instalar a comissão. Assinaram o documento nove petistas (um deles preside a Casa e por isso não assina) e um deputado do PC do B. Os demais partidos de oposição não aderiram à proposta por temer que uma eventual CPI servisse como palanque do PT, que tem o ministro Tarso Genro (Justiça) como pré-candidato ao governo do Estado. O pedido da CPI se baseia em denúncias da existência de um caixa dois tucano e também em supostas irregularidades em licitações de obras públicas que estão sendo investigadas pela Polícia Federal. A estratégia dos governistas para barrar o pedido foi segurar o PMDB, maior legenda da base. Três deputados que haviam sinalizado ao PT a possibilidade de assinar o pedido foram enquadrados pela maioria. Embora ocupe secretarias e comande estatais, o PMDB já trabalha pela candidatura própria do prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, para a sucessão de Yeda em 2010. Segundo a reportagem apurou, se as denúncias inviabilizarem uma eventual tentativa de reeleição de Yeda, os tucanos poderão apoiar Fogaça. A discordância interna sobre assinar ou não o pedido tem como pano de fundo a divisão entre os peemedebistas que advogam a saída imediata do governo tucano e os que pretendem adiá-la até o final do ano. "Sair agora seria oportunismo porque o desgaste político da figura da governadora é muito grande e não dá para criar esta CPI apenas com denúncias requentadas", disse Luiz Fernando Záchia (PMDB). O presidente nacional do PDT, deputado Vieira da Cunha, pediu à bancada do partido que não assine o pedido. A legenda é aliada de Fogaça. O PT ainda espera obter o número mínimo de assinaturas nos próximos dias

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação