postado em 13/05/2009 11:46
O procuradoria Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul, Vitor Hugo Gomes da Cunha, solicitou ontem ao TRE-RS (Tribunal Regional Eleitoral) do Estado cópia da prestação de contas da campanha eleitoral de 2006 da governadora Yeda Crusius (PSDB).
O pedido, encaminhado ao presidente do TRE-RS, João Carlos Branco Cardoso, inclui tanto as contas do partido como da coligação que elegeu Yeda: "União Rio Grande Afirmativo", formada por PSC, PL, PPS, PAN, PRTB, PHS, PTC, Prona e PT do B, além do PSDB.
O objetivo do procurador é investigar as denúncias feitas pelo PSOL sobre o suposto caixa dois na campanha tucana. Na segunda-feira, o partido apresentou novos documentos que, para a legenda, reforçam as irregularidades.
O PSOL apresentou cópias de dois e-mails enviados por dois executivos do Rio Grande do Sul solicitando adesão à campanha de Yeda. Um deles relaciona seis empresas que colaboraram com a campanha de Yeda. Segundo o PSOL, pelo menos duas empresas não constam na lista de doadores oficiais encaminha à Justiça Eleitoral.
Segundo reportagem da revista "Veja" desta semana, gravações feitas pelo empresário Lair Ferst, um dos ex-coordenadores da campanha tucana em 2006, revelam que Carlos Crusius --marido de Yeda-- teria recebido R$ 400 mil em espécie. As gravações mostrariam uma conversa entre Ferst e Marcelo Cavalcante, ex-assessor de Yeda, encontrado morto em fevereiro, em Brasília.
Em entrevista ao jornal "Zero Hora", Carlos Crusius disse que nunca viu "R$ 400 mil juntos" na vida. Yeda também nega a existência do caixa dois.
OAB
Na segunda-feira, o presidente da OAB-RS (Ordem dos Advogados do Brasil), Claudio Lamachia, pediu a quebra do segredo de Justiça do processo que investiga as denúncias de supostas irregularidades na campanha eleitoral da governadora gaúcha. O pedido foi apresentado para a Procuradoria Regional da República da 4¦ Região.
O presidente a OAB-RS disse que as incertezas sobre o caso "estão sangrando o Estado e a sociedade tem o direito de saber a realidade dos fatos".