Politica

PT gaúcho vai a Brasília para convencer PDT e assinar CPI contra Yeda

;

postado em 13/05/2009 21:27
O PT gaúcho desembarcou nesta quart - eira em Brasília para conversar com os caciques do PDT e convencê-los a persuadir seus correligionários na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul a assinar a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o suposto caixa dois praticado pela campanha eleitoral da governadora Yeda Crusius (PSDB) em 2006. Até agora, o PT só conseguiu dez das 19 assinaturas que precisa para emplacar a Comissão. A reportagem apurou que o PT trabalha com um prazo de até duas semanas para abrir a CPI. Para isso, ele corre contra o tempo em busca das nove assinaturas restantes. O alvo principal: os cinco dos seis deputados do PDT. De acordo com interlocutores, dois parlamentares do PSB já garantiram assinatura, elevando para 12 o número de adesões. Dois dos três deputados do DEM --que pertence à base de apoio à governadora-- também admitem em reservado que podem aderir à CPI. O PT também já teria quase certo a assinatura de um dos quatro deputados do PTB, que adere à CPI se ela depender de apenas uma assinatura. Faltariam quatro parlamentares. É aí que entra o PDT, que já foi da base de sustentação de Yeda, mas hoje engrossa a oposição. A legenda tem seis parlamentares, mas apenas Giovani Cherini descarta a possibilidade de assinar a Comissão. Os outros parlamentares da sigla (Adoraldo Loureiro, Gerson Burmann, Gilmar Sossella, Kalil Sehbe e Paulo Azeredo) estariam em cima do muro porque a CPI pode interferir diretamente nas negociações para as eleições de 2010. O PDT está negocia emduas frentes. De um lado, pode apoiar o candidato a governador do PT, do outro, a opção é o PMDB, que se recusou a assinar a CPI contra Yeda. Se o PDT ficar com o PMDB, corre o risco de ganhar de presente a Prefeitura de Porto Alegre. É que o atual prefeito, José Fogaça, é cogitado como um dos candidatos do PMDB ao governo estadual. Nesse caso, quem assumiria por dois anos a prefeitura é o vice, o pedetista José Fortunati. Por outro lado, o PT aposta no convencimento dos caciques do partido em Brasília para persuadir seus pares no Rio Grande do Sul. Além disso, os petistas esperam que o PDT tome uma decisão de acordo com sua história esquerdista.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação