postado em 14/05/2009 15:57
O ex-diretor de Recursos Humanos do Senado João Carlos Zoghbi, e sua mulher, Denise Zoghbi, vão prestar depoimento nesta quinta-feira à comissão de sindicância instalada na Casa Legislativa que apura um suposto esquema de fraudes em contratos firmados pela instituição com empresas terceirizadas. Zoghbi é acusado de usar como laranja sua ex-babá em empresas da sua família que teriam arrecadado R$ 3 milhões em contratos assinados com o Senado.
Uma das possíveis fontes de desvio seria um contrato com o Banco Cruzeiro do Sul, no qual a instituição oferecia crédito consignado aos servidores da Casa. Em nota, o banco negou irregularidades na prestação de serviços de crédito consignado aos servidores do Senado Federal. A instituição ressalta que não é a única a realizar esse tipo de empréstimo aos funcionários da Casa.
Zoghbi já foi ouvido pela Polícia Legislativa do Senado que, paralelamente à sindicância, abriu inquérito para investigar as supostas fraudes. No depoimento aos policiais, Zoghbi negou as acusações de que o ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia comandaria um esquema de corrupção com desvios de verbas da instituição.
Apesar de ter afirmado à revista "Época" que Agaciel comandou o esquema de corrupção, Zoghbi negou aos policiais ter revelado as denúncias contra Agaciel.
Apartamento
Além de investigar o suposto esquema de fraudes, o Senado também instalou sindicância para apurar a acusação de que o ex-diretor teria utilizado apartamento funcional da Casa para acomodar parte da sua família --mesmo morando em uma casa localizada num bairro nobre de Brasília.
O diretor-geral do Senado, Alexandre Gazineo, designou servidores técnicos da Casa para investigar as denúncias contra o ex-diretor em sindicâncias distintas --compostas, cada uma, por três funcionários. Pela legislação em vigor, os servidores têm o prazo de 30 dias para apresentar os resultados das investigações.