Politica

Foco é retirada de 6 a 8 assinaturas, diz senador do PT

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postado em 15/05/2009 15:32
A base aliada do governo no Senado já está em movimento para tentar retirar as assinaturas necessárias a fim de impedir a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a operação contábil usada pela Petrobras no fim de 2008, além de outras denúncias contra a empresa e a Agência Nacional do Petróleo (ANP). O senador João Pedro (PT-AM) disse que o foco do trabalho político dos senadores governistas é retirar de seis a oito assinaturas do requerimento do senador Álvaro Dias (PSDB-PR). O documento que cria a CPI conta com 32 assinaturas. Como são necessárias, no mínimo, 27, o governo precisa de, pelo menos, seis desistências até a meia-noite de hoje para que a comissão não seja instalada. O parlamentar do PT afirmou que está de "plantão" para trabalhar no convencimento dos senadores. Além dele, estão se movimentando os senadores Gim Argello (PTB-DF) e o líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), que deve chegar ainda hoje em Brasília para ajudar na força tarefa da base do governo no Congresso. Pela conta dos governistas, somente com a desistência dos senadores que são da base aliada e que assinaram o requerimento já será possível obstruir a criação da comissão. Para isso, o papel do PMDB será fundamental, já que dentro das 32 assinaturas sete são, em tese, de parlamentares que pertencem à base aliada do governo, sendo que quatro destes pertencem ao PMDB: Pedro Simon (RS), Jarbas Vasconcelos (PE), Mão Santa (PI) e Geraldo Mesquita Júnior (AC). Os outros três integrantes da base do governo que assinaram o documento são: Cristovam Buarque (PDT-DF), Romeo Tuma (PTB-SP) e Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR). O senador João Pedro também endossou o discurso do governo de que houve uma quebra de acordo por parte do PSDB ao promover a leitura, hoje pela manhã, do requerimento para abertura da CPI no Plenário do Senado. Segundo ele, o PSDB não participou ontem da reunião de líderes na qual foi acertada que a CPI não seria criada, mas o líder do DEM, José Agripino (RN), falou, segundo João Pedro, em nome do PSDB no encontro.

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