postado em 15/05/2009 18:24
O presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), rebateu hoje as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao partido. Lula partiu para o ataque contra os senadores do PSDB, que conseguiram hoje criar a CPI da Petrobras. Guerra disse que os ataques de Lula mostra a volta do autoritarismo. "As declarações do presidente Lula demonstram o tipo de diálogo oferecido: quando tudo não sai como o governo quer, voltam os resquícios autoritários." O presidente chamou a criação da CPI de irresponsável e pouco patriota. "Acho estranho que partidos que governaram o país por oito anos tomem uma decisão irresponsável como essa. Parece briga de adolescente. Não há explicação lógica para essa CPI." Lula dirigiu suas críticas diretamente aos senadores do PSDB e disse que os governadores tucanos não compactuam com a articulação da CPI da Petrobras. "Isso é interesse de algumas pessoas que estão a um ano e meio de perder o mandato e não sabem se vão ser reeleitos [na eleição de 2010]. Não acredito que [a CPI] seja de interesse dos governadores, possíveis candidatos do PSDB." "Diretorias severinas".
Em nota, Guerra disse que irresponsáveis são "as diretorias severinas" de furar poço; o loteamento de cargos, a obsessão de setores não republicanos e estranhos a Petrobras por espaços na empresa; a não fiscalização da Petrobras.
"Irresponsável é não aprender a lição de que, cada vez mais, as grandes organizações empresariais caminham no sentido da máxima transparência. Irresponsável é não termos regulação adequada, como mostra a raiz da recente crise econômica mundial que chegou ao Brasil", diz ele em nota.
Guerra afirmou ainda que o objetivo não é fazer uma a CPI contra a Petrobras. "Junto com o Senado, o PSDB quer contribuir com essa empresa que é de todos os brasileiros." Dilma.
A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) disse que a Petrobras é uma empresa que pode ajudar o Brasil a superar a pobreza. "Temos uma empresa que é talvez um dos maiores patrimônios do país. Não é possível uma atitude superficial em relação a Petrobras." "O combate à pobreza não é algo acessório, complementar. É uma coisa que tem de estar presente em qualquer projeto de desenvolvimento do país. O petróleo pode significar que a gente antecipe o tempo para erradicar do Brasil a pobreza. O petróleo pode ajudar a antecipar isso", disse ela.