postado em 18/05/2009 19:51
A criação da CPI da Petrobras, no Senado, foi interpretada pelo presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), Fernando Siqueira, como uma campanha para enfraquecer a imagem internacional da empresa.
O que eles estão fazendo é uma campanha para enfraquecer a empresa, principalmente porque ela acaba de receber duas homenagens internacionais, disse citando o relatório da Goldman Sachs que considerou a Petrobras como uma das dez empresas mais viáveis do mundo e a pesquisa que classificou a estatal como a quarta empresa mais respeitada do planeta.
Siqueira também manifestou estranheza pelo fato da oposição votar pela CPI da Petrobras no momento em que está em fase final de definição o novo marco regulatório para a área do pré-sal. o presidente da Aepet disse que vê na criação da CPI interesses do sistema financeiro internacional na região do pré-sal e lembra que os Estados Unidos, com reservas de 29 bilhões de barris e um consumo de dez bilhões por ano, encontram-se em uma situação desesperadora.
Para Siqueira, existe ainda o interesse do cartel das sete irmãs (os principais países produtores e que integram a OPEP) e que, em sua avaliação, estaria fadado a desaparecer, uma vez que eles [do cartel] detinham 90% das reservas mundiais, mas hoje contam com apenas 3%.
Então estes dois seguimentos estão querendo o petróleo do pré-sal para sobreviverem. Naturalmente sem dar ao Brasil a contrapartida necessária. Querem manter o atual marco regulatório totalmente desvantajoso para o país, afirmou.