postado em 19/05/2009 09:13
Com a bênção de Renan Calheiros (AL), líder do PMDB no Senado, foi anunciado ontem que Ideli Salvatti (SC) será a líder do governo no Congresso. Ela substituirá Roseana Sarney (PMDB), que renunciou ao mandato para governar o Maranhão. A nomeação faz parte de uma estratégia para tentar aliviar a tensão entre o PT e o PMDB.
O acordo foi selado na sexta-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião com aliados para falar sobre a CPI da Petrobras. Calheiros argumentou que a petista foi fiel a ele em 2007, período em que esteve sob investigação na Casa. Além disso, nas contas do Palácio do Planalto, Ideli tem saldo positivo pelos serviços prestados ao governo. E, nesse aspecto, a indicação serviu como prêmio de consolação pela derrota sofrida na Comissão de Infraestrutura, cuja presidência coube ao senador e ex-presidente da República Fernando Collor (PTB-AL). A indicação ajudará ainda a colocar a senadora em evidência. A parlamentar é pré-candidata ao governo de Santa Catarina em 2010.
A vaga era pleiteada ainda por Osmar Dias (PDT-PR) e Gim Argello (PTB-DF), um dos sete vice-líderes do governo no Senado e considerado pelos aliados ainda um ;novato; para o posto. Em relação a Dias, a corrida eleitoral do próximo ano se encarregou de fazer o ajuste. O pedetista terá o apoio do PT na disputa ao governo paranaense em 2010, tendo a petista Gleisi Hoffmann como candidata a uma das vagas no Senado.
Assim que tomar assumir o posto, Ideli terá, de imediato, duas missões: monitorar a recém-criada CPI da Petrobras do Senado. Embora o balanço aponte vantagem governista no número de cadeiras da comissão, os adversários do Planalto tentarão impor desgastes ao governo Lula. A previsão é de que a CPI comece a funcionar no próximo mês. Outro assunto que exigirá atenção da petista é a análise do veto presidencial ao reajuste dos aposentados, votação que está prevista para a próxima semana. A senadora será empossada hoje pelo presidente da República em exercício, José Alencar.