postado em 19/05/2009 09:27
Dirigentes e deputados do PDT indicaram que o partido tende a apoiar a criação de uma comissão parlamentar de inquérito para investigar denúncias de irregularidades na campanha eleitoral de 2006 e no governo do Rio Grande do Sul. A decisão será tomada hoje, após uma série de consultas jurídicas feitas pelos deputados. Se a bancada optar por aderir em bloco, o requerimento passa a ter 18 das 19 assinaturas necessárias para a aprovação. Nesse caso, é certo que a CPI será criada. Dois dos três deputados do DEM prometem definir a questão, a favor da CPI depois que o documento tiver 17 assinaturas.
A perspectiva de assinar o requerimento cresceu entre os pedetistas no fim de semana, quando reportagem da "revista Veja" indicou que o então candidato e hoje vice-governador Paulo Afonso Feijó (DEM) captou R$ 25 mil em espécie de uma concessionária de automóveis e transferiu o valor para o tesoureiro da campanha de 2006, Rubens Bordini, que não teria registrado a doação. Bordini negou ter recebido o dinheiro e disse que, por isso, as explicações sobre o caso cabem somente a Feijó. Pela manhã havia a quase certeza de que, diante do ;fato novo;, o PDT assinaria o requerimento. Ao fim do dia, no entanto o governo contava com um recuo do PDT.
O presidente nacional do PDT, deputado Vieira da Cunha, e o presidente regional, Romildo Bolzan Junior, detectaram tendência pela adesão ao requerimento, mas ressaltaram que a bancada vai decidir livremente. Para assinar o requerimento, os pedetistas vão pedir algumas modificações no texto, tentando concentrar o pedido na investigação de agentes públicos do governo estadual que teriam agido para favorecer empresas em licitações. Inicialmente, a questão do caixa 2 na campanha de 2006 e o suposto desvio de parte do dinheiro para a aquisição da casa da governadora Yeda Crusius não seriam objeto da investigação.