Politica

Múcio diz que governo não vai interferir na escolha do comando da CPI da Petrobras

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postado em 19/05/2009 15:52
O ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) disse nesta terça-feira que o governo não vai interferir diretamente na escolha do presidente e relator da CPI da Petrobras. Múcio defendeu que o regimento do Senado seja levado em consideração na hora da definição do comando da CPI e sustentou que são os senadores os responsáveis pelas indicações. Segundo o regimento, a presidência de uma CPI deve ser entregue a maior bancada, que é o PMDB. O presidente é quem indica o relator. Múcio se reuniu com líderes aliados do governo e recomendou que os indicados tenham compromisso com a comissão. O ministro negou que o governo articule uma tropa de choque e disse que os integrantes governistas não precisarão sair em defesa do governo. "O ideal é que [os integrantes] possam comparecer e contribuir com o debate para esclarecer a sociedade. Não é preciso defender o governo. É preciso mostrar que a Petrobras é responsável por gerar 40% do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]", disse. O ministro afirmou que o governo está tranquilo com a investigação. Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está em viagem oficial na China, não está monitorando os desdobramentos da CPI. "Nós nos falamos na sexta, no sábado e no domingo. No domingo nos falamos, mas nem comentamos sobre a CPI", disse. Múcio reforçou as criticas à oposição afirmando que a CPI surgiu para antecipar a disputa eleitoral de 2010. "O governo está tranquilo. A sociedade ainda não entendeu essa CPI, mas acontecendo temos que enfrentar o problema. Cada um tem seu jeito de trabalhar. O Brasil está crescendo, temos saldo positivo e a oposição tem que aparecer de alguma forma", afirmou. PMDB O ministro negou que o governo esteja preocupado com o PMDB e disse que líderes do partido trabalharam para impedir a criação da CPI. O partido será o fiel da balança da comissão de inquérito da Petrobras, preenchendo, ao lado do PP, três das 11 vagas titulares "O PMDB é um parceiro fiel e trabalhou para evitar a CPI", disse. O histórico do PMDB em CPIs recentes, no entanto, não é animador. Os peemedebistas atrapalharam a vida palaciana nas recentes CPIs dos Bingos e dos Correios. Sem contar que o partido enfrentou recentes desgastes com o governo. O PMDB demonstrou sua insatisfação com a demissão de apadrinhados políticos na Infraero. Os caciques do partido chegaram a se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas o presidente não recuou nas demissões.

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