Politica

Ex-diretor do Senado presta depoimento depois de ameaça de intimação

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postado em 19/05/2009 17:06
O ex-diretor de Recursos Humanos do Senado João Carlos Zoghbi atendeu ao chamado da Polícia Legislativa e presta depoimento nesta terça-feira no inquérito que investiga um esquema de fraudes de recursos da Casa. A polícia havia cogitado a possibilidade de intimar o casal se os dois não atendessem a convocação, mas Zoghbi se antecipou ao depoimento forçado e compareceu acompanhado da mulher para depor. Inicialmente, o depoimento estava marcado para a manhã de hoje, mas foi adiado a pedido do ex-diretor. A mulher de Zoghbi, Denise, é ex-diretora do Instituto Legislativo Brasileiro do Senado. Os dois denunciaram a existência de um esquema de corrupção com desvio de verbas do Senado por meio de empresas que atuavam como correspondentes de bancos que oferecem empréstimos aos servidores da Casa. Este é o segundo depoimento prestado pelo casal Zoghbi à Polícia do Senado, que investiga as denúncias de fraudes. No primeiro depoimento, que durou quatro horas, o casal voltou atrás nas acusações contra o ex-diretor do Senado Agaciel Maia --que supostamente comandaria o esquema de corrupção. Apesar de terem afirmado à revista "Época" que Agaciel comandou o esquema de corrupção no Senado, os ex-diretores da Casa negaram aos policiais ter revelado o esquema de corrupção à revista. "Eles afirmaram que não fizeram nenhuma responsabilização nem de nenhum senador nem do ex-diretor [Agaciel]. É importante dizer que explicaram de forma pormenorizada a reportagem. Acho que ficou suficientemente esclarecido que eles não conhecem nenhum tipo de irregularidade e que em nenhum momento eles falaram de qualquer senador nem do ex-diretor Agaciel", afirmou na ocasião o advogado do casal Zoghbi, Antônio Carlos de Almeida Castro. Segundo o advogado, a Polícia Legislativa do Senado concentrou os depoimentos no fato do casal ter revelado a existência do um esquema de desvios de verba na Casa --e não na denuncia de que o ex-diretor teria usado uma babá como "laranja" numa empresa da família que tinha contratos com os bancos que fazem empréstimos ao Senado.

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