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Efraim Morais nega contratação de funcionários fantasmas no Senado

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postado em 19/05/2009 17:59
O senador Efraim Morais (DEM-PB) subiu à tribuna do Senado nesta terça-feira para negar as acusações de que teria contratado funcionários fantasmas para trabalhar como seus cabos eleitorais na Paraíba. Apesar de admitir que contratou "assessores políticos" para exercer trabalhos no Estado, Efraim disse que o regimento interno do Senado permite a contratação de funcionários para atuar nas bases eleitorais de cada parlamentar. "Fantasma não fala, fantasma se esconde. Os nomes relacionados são homens e mulheres idôneas, sérios e trabalhadores. Exercem a função política no Estado de origem não só desse senador, mas de cada um desses senadores. Uma prática amplamente amparada pelo regimento da Casa", afirmou. O senador disse que a prática de contratar funcionários nos Estados para funções políticas é comum à maioria dos senadores. "Eu não tenho a menor dúvida que o presidente do Congresso Nacional ou qualquer companheiro de primeiro mandato, a maioria absoluta deles possui assessores parlamentares com funções políticas em seus Estados de origem, e amparados pelo regimento da Casa. Não cometi nenhum crime na hora em que nomeei paraibanos conterrâneos meus para me assessorarem no meu Estado", afirmou. Segundo a revista "Veja", Efraim mantinha 52 funcionários que atuavam, na verdade, como seus cabos eleitorais na Paraíba. Eles teriam sido contratados para trabalhar no Congresso, exercendo funções internas, mas tocavam assuntos de interesse exclusivo do congressista e de seus aliados. As contratações ocorreram, segundo a revista, no período em que Efraim ocupou a primeira-secretaria do Senado. A revista afirma que, só em salários, os funcionários custaram aos cofres públicos R$ 6,7 milhões ao longo dos quatro anos em que o senador esteve na primeira-secretaria. Dalva Ferreira dos Santos, por exemplo, que também é a primeira-dama de Brejo dos Santos, na Paraíba, era funcionária da secretaria e, segundo a revista, recebia R$ 2.313 por mês, apesar de nunca ter ido a Brasília. Diretores Efraim ainda reagiu à acusação de que, sob a sua gestão, o Senado teria ampliado o número de diretores da Casa Legislativa --que chegaram a 181. "Não cabe ao primeiro-secretário nomear um diretor sequer. Todas as nomeações são feitas pelo presidente do Senado. Eu ou qualquer outro senador que foi primeiro-secretário não fez uma nomeação sequer. Tentam a todo custo vincular pessoas desse senador a alguma infração, mas não passa disso. Não apresentam uma única prova.". O senador também explicou aos parlamentares o aumento no seu patrimônio nos últimos anos, como revelado pela revista. Segundo a "Veja", há cerca de três anos Efraim trocou a casa simples que possuía na praia de Camboinha por outra construída em dois terrenos com quase 500 m2 --além de ter comprado uma cobertura em João Pessoa, com quatro suítes e piscina. Com documentos e plantas das casas em mãos, Efraim disse que vendeu uma casa para construir outra, uma vez que é engenheiro. "A casa de Camboinha eu comecei a morar nela em 2004, construída com meus recursos próprios, construída pelo senador engenheiro civil Efraim Morais, e não comprada.". A nova casa, segundo o senador, foi construída depois que ele vendeu um apartamento em João Pessoa (PB) --recursos que também foram empregados na compra da cobertura.

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