Politica

Jucá diz que base aliada enfrenta problema para indicar integrantes da CPI da Petrobras

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postado em 20/05/2009 15:54
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse nesta quarta-feira que a base aliada enfrenta problema para escolher os integrantes da CPI da Petrobras por causa do número de senadores interessados em participar das investigações. Segundo o líder, o governo não vai influenciar diretamente na composição da comissão nem na escolha do comando. "A dificuldade não é do governo é dos partidos porque eles estão com muitos senadores interessados em participar da CPI. O PMDB tem 21 senadores, a base do governo tem outros 21 e são só três vagas titulares e dois suplentes para cada um", disse. Jucá disse que inclusive se colocou à disposição do governo para a CPI. "Me coloquei à disposição. Quero colaborar e defender a Petrobras como senador e cabe ao senador Renan Calheiros [líder do PMDB], que é o técnico do time, decidir", afirmou. O líder afirmou que os partidos da base aliada devem ter novas rodadas de negociação nesta quarta-feira. Os nomes devem ser levados nesta quinta-feira ao ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais). Sem tropa de choque. Múcio negou ontem que o governo articule uma tropa de choque e disse que os integrantes governistas não precisarão sair em defesa do governo. "O ideal é que [os integrantes] possam comparecer e contribuir com o debate para esclarecer a sociedade. Não é preciso defender o governo. É preciso mostrar que a Petrobras é responsável por gerar 40% do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]", disse. Jucá tem sinalizado que o governo pode garantir um assento para a oposição no comando da CPI. O entendimento, no entanto, ainda está condicionado aos rumos que a base pretende dar para a investigação. "O governo não entra nesse mérito. O governo não indica presidente e relator. Quem indica são os lideres e esses líderes são da base do governo e é natural que haja a conversa para discutir essa composição. Regimentalmente, temos o direito de indicar o presidente e o relator, mas tudo isso vai depender da linha que a base do governo queira dar à CPI. Tudo isso depende do entendimento dos líderes", afirmou.

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