postado em 20/05/2009 16:14
Ao se defender no Conselho de Ética das acusações de uso irregular da verba indenizatória, o deputado Edmar Moreira (sem partido-MG) se emocionou e disse estar confiante em sua absolvição no processo por quebra de decoro parlamentar. Edmar se refez das lagrimas e atacou o corregedor da Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), a quem acusou de ser responsável por seu "achincalhamento" público.
Edmar se emocionou ao falar que foi injustiçado pela imprensa que informou sua origem humilde. "Uma das injustiças que mais me magoaram foi uma referência a meu falecido pai, uma alusão à sua pessoa. Chegaram ao cúmulo de colocar na imprensa que eu era um filho de um carteiro, como se isso fosse algum demérito", disse.
O deputado subiu o tom do discurso e centrou fogo contra o corregedor da Câmara. ACM Neto assumiu o posto depois que Edmar renunciou ao cargo pressionado pelo DEM --seu antigo partido-- e pelas denúncias de que teria usado a verba indenizatória para pagar serviços em suas próprias empresas de segurança e depois de ser cobrado por não ter declarado a propriedade um castelo de R$ 25 milhões no interior de Minas. O castelo foi repassado nos nomes dos filhos.
"Talvez ser filho de um carteiro de Juiz de Fora (MG), e não ter recebido nada de mão beijada, como aqueles que me acusam, que fazem da vida como se fosse capitania hereditária, aqueles os mais antigos bem o sabem, antigamente mercê da influencia de doutores de políticos, era comum dizer arrumei uma colocação para meu filho. Colocação na acepção da palavra. Aquele que é colocado em detrimento do mais", disse.
Edmar disse que não tinha ilegalidade na construção do castelo e foi irônico. "Qual foi o crime que cometi sendo que não era homem público? Quando terminei a obra do castelo não tinha mandato eletivo. Qual foi o erro que cometi ao querer levar para minha cidade de origem um empreendimento hoteleiro que vai gerar emprego e renda. Quis o destino que fosse em formato de castelo, mas poderia ter um formato de iglu, formato piramidal, mas foi um castelo como decidiram os arquitetos", disse.
O deputado do castelo disse que sua família foi humilhada, perseguida e questionou o relatório da comissão de sindicância que deu origem ao processo, mas disse estar confiante na absolvição por seus pares.
"Fui vítima de dolo, perseguição, injustiça, ilegalidade e malvadeza e estou certo que os pares farão cessar tamanha injustiça se não imoralidade em meu desfavor a respeito das acusações irresponsáveis", afirmou.