Politica

Senador tucano rebate Dilma e acusa PT de aparelhar Petrobras com 'candidatos derrotados'

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postado em 22/05/2009 19:55
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), criticou hoje às declarações da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) de que a Petrobras foi uma caixa-preta no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Virgílio disse que "existem diferenças estruturais" na forma como os dois governos definiram a composição da estatal. Segundo o líder, a atual gestão da Petrobras foi "aparelhada com candidatos derrotados". "É no mínimo estranho que a ministra diga que naquela época era uma caixa-preta e agora não e se posicione contra a investigação. Há diferenças estruturais na linha que os dois governos escolheram para compor a estatal. No governo Fernando Henrique não havia aparelhamento, não havia candidato derrotado como boa parte dos nomes que estão por lá agora", disse o líder. Virgílio afirmou que não pretende polemizar com a ministra e que a oposição está interessada em fazer um debate "sereno". "Não queremos barulho, não queremos polemizar com a ministra. Queremos discutir questões técnicas com o Gabrielli (José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras). Não queremos brincar com a Petrobras, mas também não podemos deixar que ela seja roubada", afirmou. Reação Hoje, Dilma voltou a reagir contra a CPI e subiu o tom das críticas à oposição dizendo que no governo anterior a estatal era uma caixa-preta. Alguns líderes do PSDB justificaram o pedido de investigação da Petrobras afirmando que a estatal é uma caixa-preta. "Essa história de falar que a Petrobras é uma caixa preta, a Petrobras pode ter sido uma caixa preta em 1997, 1998,1999, 2000. A Petrobrás de hoje é uma empresa com nível de contabilidade dos mais apurados do mundo. Porque caso contrário os investidores não a procurariam como sendo um dos grandes objetos de investimento. Investidor não investe em caixa preta deste tipo. Agora é espantoso que se refiram dessa forma a uma empresa do porte da Petrobras." A ministra disse ainda que o governo não teme investigação, mas defendeu que seja realizada pelo Ministério Público ou pelo TCU (Tribunal de Contas da União). "Eu acredito que a Petrobrás é uma empresa tão importante, não só do ponto de vista estratégico pro Brasil, mas também por ser a maior empregadora, a maior contratadora de bens e serviços e a empresa que hoje ocupa e vai ocupar cada vez mais, a partir do pré-sal, um espaço muito grande, ela é uma empresa que tem de ser preservada. Acho que você pode, todos os objetos pelo menos os que eu vi da CPI, você pode investigar usando TCU, Ministério Público", disse.

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