Politica

Lula está preocupado com os efeitos da CPI da Petrobras, diz Múcio

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postado em 25/05/2009 15:19
Em reunião nesta segunda-feira com o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), líder do PMDB no Senado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrou-se preocupado com os efeitos que a CPI da Petrobras possa trazer aos investimento da estatal. Na conversa, que durou cerca de 40 minutos, Lula demonstrou sua preocupação ao lembrar que a comissão será a mais importante até o final do seu governo por investigar a maior empresa estatal do país. "Essa é uma CPI importante, talvez a maior de todas nesse ano e meio que está faltando de governo, por se tratar da maior empresa do Brasil. A preocupação do presidente, e a conversa baseou-se basicamente nisso, é que não haja uma inibição dos investimentos, na própria dinâmica da Petrobras necessária ao Brasil neste momento", disse o ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais). O ministro negou que Lula que tenha feito um apelo para o PMDB manter-se alinhado ao Palácio do Planalto durante as investigações, mas admitiu que o governo tem "consciência da necessidade do PMDB" na CPI --já que o partido vai indicar a maioria dos oito senadores titulares da comissão. "Como se trata da maior empresa do país que exerce um papel importante neste momento, eu acho que o fogo amigo não chegar nem por perto [na CPI]. Todos terão responsabilidade, inclusive a oposição, eu tenho absoluta certeza que vão fazer trabalho responsável." Múcio também negou que Renan tenha pedido para o PMDB aumentar sua participação no governo federal, com oferta de cargos, em troca de manter a legenda alinhada ao Palácio do Planalto na CPI. "O governo tem consciência da necessidade do PMDB. O PMDB entende que é um grande partido do governo. Não houve nenhuma demanda nessa área [cargo]. Não houve nada, vocês vão ver ao longo do processo que nada disso aconteceu", disse. Indicações O ministro afirmou que não há preocupação do governo em "controlar" a CPI da Petrobras, o que inclui as indicações dos partidos da base aliada governista que vão compor a comissão. "Não se falou em nome, isso vai depender dos líderes do Senado. O regimento da Casa diz que há indicação de oito nomes para o governo, três da oposição. Como toda CPI do Senado, vai se obedecer os mesmos ritos que se obedeceu até hoje", disse Múcio.

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