Politica

Múcio diz que base aliada deve ficar com presidência da CPI da Petrobras

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postado em 25/05/2009 15:20
O ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) defendeu nesta segunda-feira que a base aliada governista no Senado fique com a presidência e a relatoria da CPI da Petrobras. Apesar de negar a interferência do governo na escolha dos senadores que vão integrar a comissão, Múcio disse que a "maioria" [partidos da base governista] deve exercer o seu direito de controlar o comando da CPI. "Eu tenho uma tese minha, pessoal, em que a minoria [oposição] tem o direito de requerer, estabelecer a CPI. Cabe à maioria, através do voto, exercer a maioria e escolher os seus membros. Foi assim em todos os governos passados. [...] O modelo que eu vi no Senado nesses anos todos é que a maioria sempre escolhia a presidência e a relatoria", afirmou. O DEM e o PSDB reivindicam a presidência da comissão com o argumento de que, tradicionalmente, governo e oposição dividem os comandos da CPI --ora na presidência, ora na relatoria da comissão. Como o DEM ocupou a relatoria da última CPI instalada no Senado, da Pedofilia, a oposição afirma que está na sua vez que controlar a presidência da CPI da Petrobras. Os governistas, porém, sinalizaram que não estão dispostos a ceder o comando da CPI para a oposição --preocupados com arranhões na imagem da Petrobras e na disputa com o PSDB e o DEM em 2010. Múcio disse, porém, que a disputa por cargos e indicações para a comissão ficará restrita ao Legislativo. "Não se falou em nome, isso vai depender dos líderes do Senado", afirmou. O DEM sugeriu o nome do senador Antônio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA) para presidir a CPI. Com perfil moderado, o senador poderia ser aceito pelos governistas com maior facilidade que o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), indicado pelo PSDB para a presidência da comissão. Escolhas A expectativa no Senado é que os partidos da base aliada governista indiquem até o final desta semana os senadores que vão integrar a comissão. Enquanto a oposição já mobilizou sua tropa de choque para a comissão, os governistas não têm pressa na escolha dos nomes para retardar o inicio das investigações. Em encontro nesta manhã com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) prometeu indicar os nomes do PMDB até quarta-feira. "O senador Renan me disse que amanhã para quarta-feira isso deve ser definido. O problema é que todos os senadores de vários partidos querem participar", disse Múcio.

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