postado em 25/05/2009 19:29
O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse hoje (25) que a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras na Câmara é um adiantamento do ambiente eleitoral. Tarso também classificou a iniciativa de desserviço ao país.
É um adiantamento do ambiente eleitoral. A Petrobras é uma empresa que deve ser é protegida. Se tem alguma irregularidade para repasse, seja para petista, seja para peessedebista, seja para qualquer outra instituição, tem que apurar tecnicamente. Transformar isso em questão política hoje é um desserviço ao país, afirmou.
O ministro da Justiça espera, no entanto, que os membros da comissão trabalhem sem qualquer viés político e que façam uma investigação técnica. Tomara que seja uma CPI técnica, profunda, séria, como deve ser uma CPI, apresentando resultados para promover retificações ou correções. Que não seja um palco iluminado para fazer bravata eleitoral, disse.
Segundo Tarso Genro, os parlamentares brasileiros estão maduros para fazer uma CPI séria e não prejudicar a Petrobras, que é uma empresa importantíssima para o futuro do país.
O ministro foi homenageado pela Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro com o título de cidadão honorário da cidade. Em entrevista imprensa, Tarso defendeu a sua pré-candidatura ao governo do Rio Grande do Sul. Posição que já foi criticada por setores do PT porque criaria dificuldades na consolidação de alianças com o PMDB, em nível nacional.
O PMDB é um partido que integra a coalizão de governo e fui eu que coordenei a entrada do PMDB e do PDT, quando era ministro de Relações Institucionais. Agora, nós não podemos esquecer que os espaços regionais têm uma lógica própria, que refoge presença nacional dos partidos. O PMDB sempre patrocinou as coalizões de centro-direita lá no estado [Rio Grande do Sul]. Sempre de uma forma hostil ao PT. Isso impede lá uma situação de coalizão, afirmou.