Politica

Procurador da Satiagraha diz que troca de telefonemas com Protógenes foi normal

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postado em 26/05/2009 16:52
O procurador da República em São Paulo Rodrigo de Grandis classificou nesta terça-feira como normal a troca de telefonemas com o delegado Protógenes Queiroz durante a Operação Satiagraha, da Polícia Federal. O delegado presidiu a primeira fase das investigações e o procurador ofereceu a denúncia contra os indiciados pela PF. Deflagrada em julho de 2008, a Operação Satiagraha investiga supostos crimes financeiros atribuídos ao banqueiro Daniel Dantas, do grupo Opportunity. Ontem, ao acatar a denúncia do Ministério Público Federal contra Protógenes por violação de sigilo e fraude processual, o juiz Ali Mazloum, da 7¦ Vara Federal de São Paulo, registrou em sua decisão a existência de vários telefones entre Protógenes, De Grandis e o juiz do caso, Fausto De Sanctis, da 6¦ Vara Federal de São Paulo. Os telefonemas teriam ocorrido no período da investigação e entre o primeiro e o segundo pedido de prisão de Dantas. "Isso não me preocupa de maneira alguma porque o procedimento do Ministério Público Federal e do procurador encarregado do caso é conversar com o delegado que preside as investigações. Isso é comum e regular. Não aconteceu só na Satiagraha. Seria absurdo, irregular, anormal o fato de procurador ou o delegado conversar com o investigado. Se tivesse uma ligação entre Daniel Dantas e o procurador", afirmou De Grandis. O procurador também criticou a posição do juiz ao avaliar o mérito das provas da Satiagraha. Segundo De Grandis, Mazloum não pode fazer uma antecipação do mérito das provas porque ele não é o juiz do caso. "Essas provas devem ser analisadas pelo juiz natural, que é o doutor Fausto De Sanctis. [...] O Tribunal Regional Federal da 3¦ Região já decidiu por habeas corpus por votação unânime que as provas são válidas. A participação da Abin [Agência Brasileira de Inteligência] na investigação é regular e legítima. Então esse tipo de decisão por parte do magistrado [Mazloum] não influencia em nada porque o Tribunal Regional Federal já decidiu sobre isso", afirmou De Grandis.

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