Politica

Em novo depoimento, Edmar se recusa a responder perguntas sobre uso de verba

;

postado em 26/05/2009 18:25
O deputado Edmar Moreira (sem partido-MG) evitou nesta terça-feira responder aos questionamentos do relator de seu processo por quebra de decoro parlamentar, Nazareno Fontelles (PT-PI), no Conselho de Ética. O deputado é suspeito de usar irregularmente a verba indenizatória em empresas de segurança de sua propriedade. Quando se arriscava a falar, Edmar fazia ponderações evasivas, sem esclarecer aquilo sobre que foi questionado. Orientado por seus advogados, Edmar utilizou uma resposta padrão dizendo que não se posicionaria porque a pergunta não tinha relação direta com as denúncias de uso irregular de verba indenizatória e só falaria sobre o que "estivesse nos autos". Em outro momento, o deputado apenas leu parte de sua defesa que foi entregue ao órgão disciplinar. O deputado se esquivou de responder os motivos que o levaram a pedir o ressarcimento da verba indenizatória dos serviços prestados por sua empresa de segurança apenas em maio de 2007, sendo que poderia ter solicitado o beneficio desde o início do ano. Outra indagação do relator foi a contradição de Edmar durante depoimento na comissão de sindicância criada pela Câmara para fazer uma análise preliminar do caso. Para a sindicância, o deputado negou que tivesse recebido doações. Segundo Fontelles, dados da Justiça Eleitoral mostram que durante a campanha de 2006 o deputado recebeu R$ 50 mil de uma instituição financeira. O banco era cliente da Ronda, uma das empresas do deputado. Edmar também resistiu a dar detalhes dos serviços prestados e dos contratos das empresas. Defesa Antes de ser interrogado pelo relator, Edmar conseguiu autorização do comando do conselho para fazer esclarecimentos. O deputado leu parte da defesa entregue ao órgão disciplinar e reforçou que contratar serviços de segurança de uma empresa de sua propriedade não tinha impedimentos legais. Segundo o deputado, somente depois da divulgação do seu caso, a Câmara adotou restrições par ao uso do benefício e editou um ato proibindo essa prática.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação