postado em 27/05/2009 13:44
O DEM e o PSDB formalizaram nesta terça-feira as indicações dos partidos de oposição para a CPI da Petrobras. Apesar de ocupar apenas três das 11 cadeiras titulares da comissão, a oposição escolheu senadores que têm como perfil traçar embates com integrantes da base aliada governista no Legislativo.
O PSDB escalou o presidente da legenda, Sérgio Guerra (PE), e o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) para ocuparem as vagas de titulares da comissão. O partido ainda indicou o senador Tasso Jereissatti (CE) para a suplência da CPI. Os nomes já estavas escolhidos desde ontem, mas foram entregues oficialmente à Secretaria Geral da Mesa do Senado nesta quarta-feira.
O DEM, por sua vez, indicou o senador Antônio Carlos Magalhães Júnior (BA) para titular e o senador Heráclito Fortes (PI) como suplente. Dos cinco integrantes da oposição. ACM Júnior é visto como o parlamentar que tem o perfil mais "moderado" na CPI --por esse motivo teve o nome indicado para a presidência da comissão.
Os governistas, porém, não aceitaram a indicação da oposição e prometem eleger dois senadores da base aliada para a presidência e a relatoria da CPI. Com maioria folgada na CPI, os governistas não devem ter dificuldades para emplacar os dois cargos de comando da comissão.
O PMDB e a base aliada governista indicaram na noite desta terça-feira os nomes dos senadores que vão integrar a CPI da Petrobras.
O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), usou quase integralmente o prazo previsto pelo regimento da Casa para fazer as indicações. Perto da meia-noite, Renan encaminhou a lista dos nomes para a Secretaria Geral da Mesa do Senado.
O senador Aloizio Mercadante (SP), líder do PT, também fechou a escolha dos governistas minutos antes do prazo. Mercadante chegou a se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes de bater o martelo sobre as indicações da base para compor a CPI.
Governistas
O PMDB seguiu a orientação do Palácio do Planalto e indicou senadores afinados com o governo federal para a CPI da Petrobras. Renan escolheu os senadores Leomar Quintanilha (TO), Paulo Duque (RJ) e Romero Jucá (RR) para as três vagas de titulares do partido na comissão. O líder ainda indicou os senadores Valdir Raupp (RO) e Almeida Lima (SE) para as duas vagas de suplentes do PMDB na CPI.
Jucá é líder do governo no Senado e responsável pelas principais articulações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Casa Legislativa. Quintanilha e Duque mantêm atuações discretas no Legislativo, mas têm como hábito seguir as orientações do PMDB.
Presidente do Conselho de Ética do Senado, Quintanilha foi apontado como um dos principais aliados de Renan durante os processos de cassação enfrentados pelo peemedebista em 2007. Almeida Lima, por sua vez, foi protagonista das maiores defesas de Renan no Conselho de Ética durante o julgamento dos processos de cassação contra o então presidente do Senado.
Assim como o PMDB, a base aliada do governo no Senado também indicou senadores da chamada "tropa de choque" governista para a CPI da Petrobras. Mercadante escolheu os senadores Ideli Salvatti (PT-SC), Inácio Arruda (PCdoB-CE) e João Pedro (PT-AM) para ocuparem as vagas de titulares da base aliada governista na comissão. Como suplentes, os governistas e