postado em 27/05/2009 17:30
O senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, disse nesta terça-feira que está disposto a aceitar a relatoria da CPI da Petrobras se for designado pela base aliada governista para o cargo. Jucá disse ser compatível conciliar a relatoria da comissão com a liderança no governo, uma vez que o seu objetivo é fortalecer a imagem da Petrobras sem agir como um "rolo compressor" sobre a oposição.
"A relatoria será designada pelo presidente da comissão. Se houver a escolha do meu nome, aceitarei a missão e trabalharei para fortalecer a Petrobras. [...] O líder do governo sendo relator é garantia que vai atuar prestando as informações. O governo não teme a CPI", afirmou.
Jucá disse que a relatoria da comissão ficará com o PMDB e a presidência da CPI com um dos partidos da base aliada governista. A expectativa é que a senadora Ideli Salvatti (PT-SC), líder do governo no Congresso, seja indicada para presidir a CPI, com Jucá na relatoria.
O senador disse que vai atuar de forma "imparcial" se for escolhido relator, mesmo sendo líder governista na Casa. "Eu sempre sou imparcial", disse. Jucá afirmou que até terça-feira, quando a CPI será oficialmente instalada, os líderes governistas vão manter o diálogo com a oposição para evitar disputas políticas na comissão.
"Estamos numa democracia, a oposição pode colocar a estratégia que quiser. O governo não tem compromisso com o erro. Vamos agir sem rolo compressor e exploração política", disse.
Jucá desafiou a oposição a mostrar "dados sigilosos" que teria em mãos sobre a Petrobras. "A CPI não foi nem instalada e a oposição diz que tem dados sigilosos? Se há dados sigilosos, que sejam apresentados à CPI", afirmou.