Politica

Ex-diretores Agaciel Maia e João Carlos Zoghbi vão ser ouvidos pela Mesa do Senado

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postado em 28/05/2009 13:23
Brasília - Os ex-diretores do Senado Agaciel Maia e João Carlos Zoghbi vão ser ouvidos na semana que vem por integrantes da Mesa Diretora da Casa. Suspeitos de integrar um esquema de desvios de recursos da instituição, Zoghbi e Agaciel vão prestar depoimentos separados aos integrantes da Mesa dispostos a ouvir os dois funcionários. A Mesa Diretora do Senado aprovou nesta quinta-feira requerimento para que os dois sejam ouvidos por membros do comando da Casa. O senador Marconi Perillo (PSDB-GO) vai convidar os senadores da Mesa que desejarem acompanhar os depoimentos, embora os parlamentares não sejam obrigados a ouvir as versões dos ex-diretores. "Vamos convidar os membros da Mesa. Não se trata de acareação, o requerimento pede que os dois sejam ouvidos em sessão aberta que pode ter a participação de líderes partidários e integrantes da Mesa", afirmou Perillo. Ex-diretor de Recursos Humanos do Senado, Zoghbi foi indiciado pela Polícia Legislativa da Casa por formação de quadrilha e corrupção passiva. O servidor é suspeito de beneficiar empresas de sua família em operações de crédito consignado firmadas pelo Senado junto a bancos que prestam serviços à instituição. Zoghbi é suspeito de usar o nome de sua ex-babá, Maria Izabel Gomes, 83, que mora na casa dele, para abrir três empresas --DMZ Consultoria Empresarial, DMZ Corretora de Seguros Ltda e Contact Assessoria de Crédito Ltda. A suspeita é de que parte do faturamento dos últimos anos dessas empresas, cerca de R$ 3 milhões, teria como origem contratos assinados pelo Senado. O ex-diretor, por sua vez, acusou Agaciel (ex-diretor-geral do Senado) de comandar um esquema de fraudes na Casa Legislativa. Zoghbi disse em entrevista à revista Época que os senadores Efraim Morais (DEM-PB) e Romeu Tuma (PTB-SP) estariam envolvidos nas irregularidades, mas depois recuou das denúncias em depoimento à Polícia Legislativa. Zoghbi e sua mulher Denise, ex-diretora do Senado, afirmaram que o esquema promovia fraudes em contratos do Prodasen (Sistema de Processamento de Dados), na comunicação social, no transporte, na vigilância e no serviço de taquigrafia do Senado. O casal disse ainda que Agaciel é sócio de todas as empresas terceirizadas que têm contrato com a Casa.

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