postado em 28/05/2009 15:38
O diretor de exploração e produção da Petrobras, Guilherme Estrella, disse nesta quinta-feira que não há pressão externa para que seja substituído do cargo. Lembrando que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) reafirmou seu nome na diretoria na semana passada, Estrella garantiu desconhecer qualquer informação sobre uma possível demissão.
"Trabalhamos normalmente, não tem pressão externa nenhuma. Como a ministra Dilma já falou, não há nenhuma notícia sobre essa substituição. Fui honrado pela reafirmação de confiança por parte dela na continuidade do meu trabalho", afirmou Estrella, que participou de almoço no Clube de Engenharia, no Rio.
O executivo minimizou a importância de sua diretoria, responsável por grande parte dos investimentos da estatal. Para ele, a área de exploração e produção é tão importante quanto outras diretorias.
A diretoria de exploração e produção foi alvo de setores do PMDB nas negociações para a composição da CPI da Petrobras. O partido teria pedido a transferência do atual diretor de abastecimento e refino, Paulo Roberto Costa, para a área que é comandada por Estrella. A ofensiva do PMDB foi brecada pelo governo, que garantiu a permanência de Estrella.
O diretor admitiu que a instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a Petrobras "certamente influencia na vida da companhia". Ele ressaltou, porém, que a companhia vai fazer todo o esforço possível para tocar adiante os projetos previstos sem que haja interferência política da investigação.
"Vamos fazer todos os esforços para que continuemos trabalhando normalmente, os projetos certamente serão levados adiante com nosso esforço interno", observou.
Guilherme Estrella comentou ainda que a Petrobras negocia com a estatal chinesa Sinopec parceria para explorar petróleo e gás na chamada faixa equatorial (que vai do Amapá ao Ceará). Ele explicou a parceria diminuiria riscos nos projetos e contaria com uma empresa que tem caixa para investir.