Politica

Aliados rejeitam apuração do TCU na CPI da Petrobras

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postado em 29/05/2009 10:09
A tropa de choque governista começou a atuar antes mesmo de instalada a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. Ontem, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e o senador Paulo Duque (PMDB-RJ), ambos cotados para a relatoria da CPI, disseram que são contra a requisição da investigação do Tribunal de Contas da União (TCU), que aponta o uso frequente de contratos turbinados por termos aditivos que elevam custos de obras e serviços da estatal. ;Não vamos fazer uma devassa na Petrobras. Esta é uma CPI com foco determinado;, disse Jucá. Já Duque se mostrou favorável a um diálogo com o TCU, mas disse não ser o caso de pedir as investigações do tribunal. ;Esses documentos não podem sair de lá.; Já Inácio Arruda (PCdoB-CE), também da CPI, ironizou: ;Se a CPI da Petrobras partir para analisar aditivos de contratos, aí vamos ter de fazer uma CPI igual praticamente em todo o Brasil, até porque todos os contratos são aditivados no Brasil.; Os governistas ocuparão 8 das 11 vagas de titulares. Para o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), a auditoria feita pelo TCU tem de ser analisada. ;Vamos ter especialistas na área de licitações e contratos para analisar tudo que a CPI receber;, disse o tucano, ao defender a aprovação de requerimento com o envio dos documentos do TCU para a CPI. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), autor do requerimento de criação da CPI, seguiu a mesma linha do colega. ;Vamos requisitar essa auditoria. Se não deixarem, poderemos com base nesses indícios encaminhar ao Ministério Público (MP) uma representação dos partidos de oposição para que isso seja investigado;.

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