Politica

Presidente da CPI das ONGs diz que não devolverá relatoria para base aliada

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postado em 01/06/2009 16:23
O presidente da CPI das ONGs do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), não está disposto a devolver a relatoria da comissão à base aliada governista. Depois que o senador Inácio Arruda (PC do B-CE) deixou o cargo para integrar como titular a CPI da Petrobras, Heráclito nomeou o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) para a relatoria. Mas não pretende destituir o tucano depois que Arruda solicitou o seu retorno à CPI das ONGs. A confusão foi provocada pela decisão dos governistas de indicarem Arruda para titular da CPI da Petrobras. Como um parlamentar não pode ocupar duas CPIs simultaneamente como titular, Arruda passou automaticamente a suplente da CPI das ONGs --e com isso perdeu a relatoria. O regimento do Senado permite que apenas senadores titulares ocupem ocupar postos de comando das comissões. Os governistas voltaram atrás na troca depois que Heráclito entregou a relatoria a Virgílio --e agora reivindicam a relatoria da CPI das ONGs novamente para Inácio Arruda. Heráclito disse à Folha Online que admite o retorno do senador à comissão como titular, mas afirmou que ele não volta mais para a relatoria. "Ele até volta para a comissão, mas para o cargo [de relator] não volta. O relator é o senador Arthur Virgílio", afirmou. Heráclito ficou irritado, em especial, com o fato de não ter sido comunicado da troca de Arruda para a suplência da comissão. "Eu fui para uma reunião da CPI das ONGs e, quando chego lá, vejo o nome do Inácio Arruda como suplente. Ninguém me disse nada", afirmou. Negociação A indicação de Arruda para a CPI da Petrobras foi uma reivindicação do PC do B que tem interesse em defender e evitar constrangimentos a seus afilhados políticos na ANP (Agência Nacional do Petróleo). Os governistas prometem lugar para ficar com a relatoria da CPI das ONGs, uma vez que a oposição pretende usar a comissão para concentrar suas forças contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao contrário da CPI da Petrobras, que terá o duplo comando de governistas, a CPI das ONGs pode ficar com a oposição em seu comando depois que a relatoria foi entregue a Virgílio.

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