postado em 03/06/2009 19:45
Pivô do principal entrave para a instalação definitiva da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras no Senado, o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) disse hoje (3) que abriu mão da titularidade na comissão que investigará a estatal para voltar a ser membro efetivo da CPI das organizações não-governamentais (CPI das ONGs). Em seu lugar assumirá o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ).
Arruda defendeu a decisão dos partidos da base de apoio ao governo de impedirem a instalação da CPI da Petrobras em troca da devolução da relatoria da CPI das ONGs base aliada. A minha expectativa é de que a oposição não vá até s últimas consequências de que se deve quebrar os acordos.
Na avaliação do senador cearense, as duas comissões não deveriam ter sido misturadas. O problema da CPI da Petrobras tem que ser solucionado pela base, que deve examinar se fará ou não acordo com a oposição, argumentou Inácio Arruda. Lá [na CPI das ONGs] tínhamos um acordo onde o presidente é da oposição, mesmo sem ter condições numéricas para isso. Portanto, a CPI das ONGs não tem nada a ver com isso, acrescentou.
De acordo com Inácio Arruda, se não houver um entendimento quanto questão o Senado viverá um clima de guerra. Isso [o impasse] força a base do governo, se quiser que os trabalhos continuem no Congresso Nacional, a estar todo o dia, a partir das 16h, com maioria absoluta dentro do plenário, o que normalmente não ocorre, argumentou o senador, apontando uma estratégia dos governistas para enfrentar a obstrução da oposição.
Esse recurso da oposição pode levar as sessões até a madrugada sempre e teremos que manter o número. Teremos um verdadeiro clima de guerra, concluiu Inácio Arruda.