postado em 10/06/2009 16:01
O ex-governador do Rio Anthony Garotinho (RJ) prometeu nesta quarta-feira apoio à candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência da República em 2010. Depois de formalizar o pedido de desfiliação do PMDB, Garotinho disse que pretende apoiar a ministra porque Dilma foi militante do PDT na época em que os dois estavam na legenda. "Dilma é minha amiga, foi militante do PDT comigo", afirmou.
Garotinho não descartou lançar-se candidato ao governo do Rio pelo PR, seu novo partido, e adiantou que não pretende subir no mesmo palanque do atual governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB). "Acho muito difícil subir com ele no palanque, talvez seja melhor termos dois palanques", afirmou.
Governo do Rio
Sobre a sua candidatura, Garotinho disse que vai decidir até setembro se disputará o governo do Rio. "O atual governador destruiu os projetos sociais que implantamos e não há nenhum empreendimento importante no Estado do Rio levado por ele. O atual governador foi um bom deputado, mas não tem vocação para o Executivo, faz uma gestão muito precária", criticou.
Garotinho visitou nesta quarta-feira o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), presidente licenciado do PMDB. Em seguida, o ex-governador entregou sua carta de desfiliação do PMDB à presidente em exercício do partido, Íris Resende (GO). Apesar de deixar a legenda, sua mulher, Rosinha Garotinho, e sua filha, vereadora Clarissa Garotinho, permanecem no partido.
Carta
Na carta de desfiliação, Garotinho afirma que foi um "soldado" do PMDB ao ingressar na legenda. O ex-governador afirma que montou um programa de governo para o Brasil na época em que se ofereceu para disputar a presidência da República pelo partido. Garotinho dispara críticas ao governador Sérgio Cabral (PMDB) que, na sua opinião, "fez o PMDB se desviar do caminho".
"Hoje, o partido está dividido, e esta divisão está muito clara para as pessoas. O PMDB está rachado em dois. Um é o PMDB que ajudei a construir, que derrubou o muro invisível que separava a capital do interior e implantou um jeito novo de governar. Outro é o PMDB que coloca muros em torno das favelas como se fossem campos de concentração", afirmou. Garotinho disse que o PMDB de Cabral "destruiu" o Estado, por esse motivo decidiu deixar a legenda. "Não posso concordar com os rumos que o PMDB está tomando no Estado do Rio de Janeiro. Não quero compactuar com o retrocesso que nosso Estado está vivendo, com a descontinuidade de um programa de governo que tinha como foco desenvolver e distribuir. Um governo do cidadão. O Estado do Rio não pode continuar assim. O Estado do Rio merece mais."