postado em 10/06/2009 19:51
Os deputados começaram a discutir o projeto que libera o uso da internet nas campanhas eleitorais. A proposta foi apresentada pelo deputado Flávio Dino (PC do B) e vai regular o uso de e-mails e redes sociais na web pelos candidatos.
Se a proposta for aprovada até setembro deste ano, nas eleições de 2010 os candidatos poderão usar o Orkut, Twitter, YouTube e blogs para fazer campanha.
Nas eleições municipais do ano passado, uma resolução do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) limitou a campanha apenas no site oficial do candidato --que deveria ser retirado do ar após as eleições.
Os deputados ainda não chegaram a um acordo sobre quais projetos serão incluídos na minirreforma eleitoral e colocados na pauta de votação da Câmara na próxima semana. Mas publicitários já estão na expectativa de que a proposta de Dino seja aprovada.
Responsável pela campanha do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), nas eleições do ano passado, o publicitário Moriael Paiva disse que a proposta é importante devido à quantidade de pessoas que usam a internet para se comunicar.
"Existe uma presença maior das pessoas na internet do que em outros meios e ignorar essa possibilidade de comunicação seria tirar várias pessoas do processo eleitoral", disse Paiva.
Segundo dados do Ibope Nielsen Online, o número de internautas residenciais ativos --que acessam a rede ao menos uma vez ao mês-- chegou a 25,5 milhões em abril no Brasil, uma alta de 13,6% em relação ao mesmo mês do ano passado.
O publicitário ressaltou que a internet é muito mais interativa do que outros meios de comunicação. Segundo ele, as pessoas não querem só receber informações, mas "comentar, participar e construir" os fatos. "E no processo eleitoral, essas pessoas que podem ter um papel importante a favor ou contra um candidato", disse.
Apesar de defender a campanha na internet, Paiva ressaltou que é fundamental que sejam criadas regras para controlar a publicação de conteúdo. "Tem que ter regras para disciplinar e organizar para que não haja favorecimento para nenhuma parte", disse Paiva.