Politica

Grupo entrega hoje propostas de reforma administrativa e pede a Sarney demissão de diretor

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postado em 18/06/2009 15:58
Os parlamentares que defendem uma ampla reforma administrativa no Senado vão encaminhar nesta quinta-feira ao presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), as propostas de mudanças na instituição. No total, 20 dos 81 senadores assinaram o documento que reúne uma lista de sugestões para melhorar a imagem da Casa, mergulhada em denúncias. Os 20 senadores que integram o grupo afirmam que o Senado precisa dar respostas públicas à crise que atinge a imagem da instituição. "O Senado está tomando as medidas depois que aconteceu uma grande pressão popular. Isso não diminui o desgaste do Senado. Daqui para frente, a gente precisa mobilizar o debate e agilidade na apresentação dessas propostas", disse o senador Renato Casagrande (PSB-ES). Os parlamentares esperam que Sarney anuncie as mudanças na semana que vem, depois da reunião da Mesa Diretora. Entre as ações imediatas defendidas pelo grupo está a exoneração a demissão do diretor-geral do Senado, Alexandre Gazineo, responsável por assinar parte dos atos secretos editados pela instituição nos últimos anos. Os parlamentares também sugerem que o nome do novo diretor-geral seja aprovado pelo plenário. Apesar de integrar o grupo, o senador Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB, defendeu que o Senado tome medidas duras contra os responsáveis pela edição de atos secretos nos últimos 14 anos --apesar da proposta do grupo não incluir sugestões de punições. "Faltou falarmos de punições, mas são coisas que a gente pode apresentar depois. Se ficar comprovado que tem senador envolvido, para isso tem o Conselho de Ética. Eu não vejo porque fazer distinção a quem quer que seja", defendeu o tucano. O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que o número de adesões à proposta pode aumentar até a semana que vem, quando Sarney deve anunciar a esperada "reforma administrativa" na Casa. "Coletamos as assinaturas suficientes para apoiar a proposta. Quando chegamos em 20 senadores, paramos", disse Cristovam. *Ética* Os parlamentares negam a classificação de "grupo ético" e preferem se intitular de "grupo patriótico interessado em discutir o Senado". Os senadores reivindicam, além de mudanças na direção da Casa, investigações conduzidas por um órgão externo do Senado sobre os atos secretos editados nos últimos 14 anos. O grupo cobra a apresentação de uma proposta de reforma administrativa no Senado, a meta de redução no quadro de pessoal da instituição e a eliminação de "vantagens acessórias" do mandato parlamentar. Outro pedido é a realização de reunião mensal, no plenário da Casa, para a definição da pauta de votações do mês subsequente e a votação de medidas administrativas. Os senadores solicitam também a realização de auditoria externa para analisar todos os contratos firmados pela Casa. O grupo, porém, se mostrou contrário a um eventual afastamento de Sarney da presidência do Senado. "Para mim, ficar ou não ficar é irrelevante. O importante é dar rumo à Casa, o que ele [Sarney] não consegue", disse o senador Jarbas Vasconcelos (PE).

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