postado em 18/06/2009 17:16
Cerca de quatro mil pessoas participaram hoje de mais um protesto contra a governadora Yeda Crusius (PSDB), em Porto Alegre. Convocados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), grêmios estudantis e dez sindicatos de servidores públicos, os manifestantes reuniram-se diante da sede do Ministério Público Federal (MPF) e depois seguiram em passeata até a Praça Marechal Deodoro.
Nos discursos, os líderes da manifestação pediram que o MPF revele se tem informações sobre corrupção no governo gaúcho, que os deputados estaduais instalem uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Executivo e que Yeda se afaste de seu cargo até que tudo seja esclarecido.
No fim da caminhada, 30 manifestantes tentaram lavar a calçada do Palácio Piratini, sede do governo, mas foram impedidos pelo cordão de isolamento montado por policiais militares. O grupo recuou, mas não desistiu do ato, optando por varrer a esplanada da Assembleia Legislativa, do outro lado da rua.
Em fevereiro deste ano, líderes do PSOL acusaram a governadora de ter usado recursos de caixa dois para pagar parte da aquisição de um imóvel em 2006, mas não apresentaram as gravações que disseram ter ouvido. Desde então, sindicalistas e estudantes organizaram uma série de protestos contra Yeda. Ao mesmo tempo, a oposição se mobilizou para criar uma CPI, mas só conseguiu 17 das 19 assinaturas necessárias à aprovação da proposta, que ficou estagnada. O governo do Estado não comentou a manifestação de hoje.