postado em 24/06/2009 13:22
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, rebateu as afirmações do líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), de que o ministério não tem proposta. Minc também classificou as afirmações do parlamentar como "falas e injuriosas".
[SAIBAMAIS]
Carlos Minc participa de audiência na Comissão de Agricultura da Câmara. Ele foi convocado para explicar a polêmica frase em que chamou os ruralistas de "vigaristas". Caiado disse que não ficou satisfeito com o pedido de desculpas do ministro e disse que Minc também não ficaria confortável se os ruralistas dissessem que ele apóia o plantio de cocaína e maconha e depois voltassem atrás.
"Foram agressões injustificadas e descabidas. São expressões falsas, injuriosas e eu não as aceito", retrucou Minc. O ministro, porém, evitou esquentar ainda mais o clima na audiência.
Em pouco mais de duas horas de audiência, Minc foi bombardeado pelos parlamentares da bancada ruralista. Pediu desculpas pela polêmica fala. "Retiro de forma clara o que disse. Ela (a frase) não expressa meu ponto de vista. Já em relação a outras questões, tratamento diferenciado a pequena produção e críticas que faço aos latifúndios com monocultura, com uso de agrotóxicos eu mantenho", disse.
Em resposta ao deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA), que defendeu a demissão de Minc e disse que ele envergonha o país, o ministro desafiou: "O deputado quer que o presidente Lula me demita. É um direito seu, pode falar com o presidente, o presidente pode acatar sua sugestão ou não acatar".
Presente
O deputado Moreira Mendes (PPS-RO) aproveitou o fato de Carlos Minc ter participado de uma marcha em defesa da maconha em maio passado para fazer uma provocação: "Eu trouxe um pouco de erva para você. Mas eu estou falando da erva mate, a erva do bem. Escolhi a erva mate pela simbologia e pela comparação com a outra erva daninha, que eu não estou defendendo".
O ministro já justificou sua participação na marcha da maconha em outra audiência da Câmara, no último dia 16. Na ocasião, ele afirmou que esteve no evento como cidadão e não como ministro. Disse que não fez apologia para que as pessoas desobedeçam a lei e usem a droga, mas defendeu alterações na lei que trata do uso de drogas no país.