Politica

Oposição entra com pedido de CPI contra Beto Richa em Curitiba

postado em 24/06/2009 14:13

Vereadores de oposição devem protocolar hoje na Câmara Municipal de Curitiba pedido de instalação de CPI contra o prefeito da cidade, Beto Richa (PSDB). Na CPI, a oposição quer investigar a suspeita de caixa dois na campanha eleitoral de 2008. [SAIBAMAIS] Essa suspeita apareceu após a divulgação de vídeo gravado em 2008 que mostra 24 candidatos a vereador do PRTB recebendo dinheiro que não foi contabilizado na campanha. O vídeo foi obtido pelo jornal "Gazeta do Povo". Trechos do material foram mostrados no "Fantástico", da Globo, do último domingo. A Câmara Municipal de Curitiba tem 38 vereadores. Para a CPI ser instalada são necessárias 13 assinaturas. A bancada de oposição diz contar com cinco nomes para o requerimento. Outras assinaturas serão buscadas nos próximos dias. O vice-líder do PT, vereador Pedro Paulo, disse que a CPI é necessária porque o "caso envolve pessoas vinculadas à prefeitura com cargos de carreira, secretário interino e ainda há promessa de cargos públicos em troca de apoio eleitoral". "A partir do momento que os fatos envolvem cargos custeados pelo poder público, a câmara tem o dever de apurar." Richa demitiu três assessores após a divulgação do vídeo. Foram demitidos o secretário municipal de Assuntos Metropolitanos, Manassés Oliveira, o superintendente da secretaria, Raul D;Araújo Santos, e Alexandre Gardolinski, que trabalhava na Secretaria do Trabalho. Gardolinski é quem aparece no vídeo entregando dinheiro. O caso

De acordo com reportagem, 28 candidatos a vereador do PRTB desistiram de concorrer e preferiram apoiar Richa. Todos acabaram expulsos do PRTB. A suspeita é que os candidatos do PRTB recebiam dinheiro para desistir da eleição e a promessa de um cargo na prefeitura se deixassem a disputa para apoiar o PSDB. Na eleição, o PRTB se coligou com o PTB, indicando o vice na chapa do petebista Fabio Camargo, derrotado por Richa. Outro lado

O coordenador financeiro da campanha de Richa, Fernando Ghignone, chamou a divulgação do material de "farsa" e "armação". Para ele, o comitê formado por dissidentes do PRTB tinha atuação independente e a coordenação de campanha tucana não tem acesso a informações de gastos desse tipo. Ghignone diz que toda a prestação de contas foi encaminhada ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e aprovada. Afirma que "jamais iria usar um expediente" como dar dinheiro em troca de apoio. O procurador regional eleitoral do TRE-PR, Néviton Guedes, diz que vai analisar o conteúdo do vídeo e então decidir se inicia uma ação sobre o caso.

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