Politica

Programa prevê a distribuição de cestas básicas para quem sobrevive da reciclagem

postado em 25/06/2009 09:01

O ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome deve distribuir até o segundo semestre deste ano 193.596 cestas básicas para quem sobrevive da coleta do lixo. A medida é considerada emergencial, já que a crise financeira desvalorizou a venda do papel, do papelão, de garrafas e de latas no mercado da reciclagem. Os planos do governo é enviar os alimentos por um período de seis meses na expectativa de que a economia se estabilize e a atividade dos catadores volte à normalidade.

[SAIBAMAIS]

A compra das cestas básicas vai custar ao governo R$ 8 milhões. A liberação do orçamento, no entanto, ainda depende de aprovação do Ministério do Planejamento e da Fazenda. Enquanto o dinheiro não vem, quem depende da venda de papel para sobreviver enfrenta dificuldades. Há pouco mais de um mês, representantes de 18 cooperativas de catadores estiveram no Ministério do Combate à Fome para detalhar os problemas que enfrentam com a desvalorização do papel. Nessa ocasião, chegaram a pedir ao governo a extensão do Bolsa Família para a categoria.

Apesar de o Ministério não descartar a possibilidade, o mais provável é que atenda as famílias de catadores com prazo definido. A ampliação do Bolsa Família, como ocorreu para moradores de rua, quilombolas e índios no mês passado, daria um caráter mais permanente ao auxílio.


Conab
A intenção do Ministério de Combate à Fome é aplicar a mesma metodologia de um dos seus programas de segurança alimentar na distribuição de cestas para os catadores. Assim, alimentos comprados de produtores rurais inscritos nas ações sociais de governo seriam comprados pelo ministério e repassados às famílias de catadores por intermédio da Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab.

Na última semana, o Correio mostrou a situação de famílias que sobrevivem com a venda de papel retirado do lixo da Esplanada dos Ministérios. Com rendimento de apenas R$ 70 por semana, alguns catadores improvisam moradia. Dormem próximos de toneladas de lixo produzido pela burocracia. O local fica a dois quilômetros do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória do gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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