postado em 29/06/2009 17:07
Para garantir o futuro democrático do Brasil, é preciso que os cidadãos conheçam melhor a história do país e não deixem cair no esquecimento fatos como a ditadura militar. A opinião é do ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, que participou hoje (29) do seminário As Possibilidades de Justiça no Processo de Acerto de Contas do Estado Brasileiro com as Vítimas do Regime Militar.
Ele reforçou que o governo tem buscado assegurar e colaborar para o direito do país, da sociedade e dos familiares das vítimas da ditadura militar de obter todas as informações, localizar os corpos desaparecidos para o devido sepultamento, e de punir os culpados.
Se é lamentável o lapso de tempo transcorrido sem o desfecho satisfatório no Brasil é por outro lado evidência de que as chances de promover esse ajuste de contas não diminuem, elas crescem. Porque a cada ano o tema pode ser observado mais limpidamente com a isenção do distanciamento histórico e a leitura dos fundamentos e dos preceitos do direito internacional e brasileiro e da constituição cidadã de 1988.
Vannuchi ressaltou que existe agora uma oportunidade clara de o Estado realizar a busca dos restos mortais dos guerrilheiros do Araguaia, além de fazer buscas também em São Paulo e no Rio de Janeiro em locais onde se sabe que houve tortura.
Será uma busca de agulha no palheiro. Teria sido melhor e mais promissor se isso resultasse de um procedimento adequado dentro das Forças Armadas para separar joio do trigo. Não deixar as Forças Armadas carregarem perpetuamente nos ombros a marca da violência que, mesmo ordenada em altos comandos, foi executada por figuras concretas que compõem algumas dúzias e não os milhares de integrantes.