O ministro Nelson Jobim (Defesa) foi alvo de críticas ontem em seminário sobre direitos humanos em São Paulo pela forma como vem conduzindo a comissão que irá realizar buscas corpos de guerrilheiros e militares desaparecidos no Araguaia.
Chegou a ser chamado de "coronel" pelo professor da USP Dalmo Dallari, que sugeriu que Jobim "refizesse o curso de direito". O ministro Paulo Vannuchi (Direitos Humanos) fez críticas à posição do colega por deixar de fora famílias de vítimas, Ministério Público Federal e a OAB. "O Brasil não pode perder a chance de fazer uma operação dessa envergadura e, por uma questão de preconceito, por falta de percepção completa do contexto, deixar de incorporar a esse trabalho representação legal", disse. Vannuchi afirmou que teria ontem uma reunião com Jobim e o presidente da República para tentar envolver seu ministério e a Comissão sobre Mortos de Desaparecidos Políticos nas buscas, que ocorrerão em julho.