postado em 30/06/2009 19:28
Pressionado a se licenciar temporariamente do cargo, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse, por meio de sua assessoria, que a "hipótese de afastamento não está em análise".
Segundo os assessores, o peemedebista não está sofrendo pressões de pessoas próximas para deixar o cargo. Aos interlocutores, Sarney disse que está será uma decisão pessoal.
[SAIBAMAIS]Sarney chegou na tarde desta terça-feira (30/6) ao Senado e esteve a todo momento no gabinete da presidência. O peemedebista foi convidado pelo líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM) a comparecer ao plenário, mas não apareceu.
O presidente do Senado foi alvo de três pedidos oficiais do PSDB, DEM e PDT para deixar o cargo até que as investigações sobre denúncia de irregularidade na Casa sejam concluídas.
Segundo apurou a reportagem, parte da família e amigos mais próximos do presidente do Senado devem aconselhá-lo a se afastar da presidência do Senado.
A análise inicial é de que, sem o apoio do DEM, bombardeado pelo PSDB e com o apoio relutante do PT, ele não teria mais condições de permanecer à frente do Senado e ficaria cada vez mais exposto a críticas e denúcias da imprensa e da oposição.
A decisão final é do próprio Sarney, que ainda não deixou transparecer claramente o que fará. A pressão pela saída de Sarney aumentou depois da descoberta que seu neto é dono de uma empresa que negocia contratos de empréstimos consignados com funcionários do Senado. Vários parentes de Sarney foram empregados em gabinetes de outros senadores por meio de nomeações em atos secretos.