Politica

Kassab extingue cargo de secretário especial da Mulher após morte de Pinotti

postado em 01/07/2009 15:43
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), anunciou nesta quarta-feira (1°/7) a extinção do cargo de secretário especial da Mulher, ocupado pelo médico e deputado federal José Aristodemo Pinotti, que morreu hoje, aos 74 anos, vítima de um câncer de pulmão. Segundo a prefeitura, os projetos e atividades desenvolvidos pelo secretário serão incorporados à rotina da Secretaria Municipal da Saúde. [SAIBAMAIS]"O Dr. Pinotti, apesar da doença, tinha a energia e a vontade necessárias para trabalhar e se dedicar ao tema. Alguns dias atrás, inclusive, estive despachando com ele, quando tomei conhecimento de uma série de ideias para serem implantadas na rede pública de saúde para a mulher", disse Kassab. O corpo de Pinotti é velado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Ele morreu no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O hospital informou que ele estava internado devido a complicações de um tumor no pulmão e morreu às 3h45. Ele deixa mulher, a professora universitária Suely Pinotti, dois filhos e cinco netos. Famoso por seu trabalho como ginecologista, ele estava licenciado do cargo de deputado federal, para o qual se elegeu pelo DEM em 2006, e exercia a função de secretário especial da Mulher da Prefeitura de São Paulo desde março deste ano. Nascido em 20 de dezembro de 1934, Pinotti era filho do dentista Alfredo Pinotti e da educadora sanitária Anna Bove Pinotti. Sua primeira formação foi em 1958, pela Faculdade de Medicina da USP, onde construiu grande parte de sua carreira. Ele foi diretor executivo do Instituto da Mulher do Hospital das Clínicas de São Paulo e chefe do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da USP. Na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Pinotti foi diretor da Faculdade de Ciências Médicas nos anos 1970 e ganhou o cargo de professor titular e chefe do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Foi reitor da universidade entre 82 e 86. Especializado em ginecologia pela Università Di Firenze (Itália), o médico era membro da Academia Paulista de Medicina e professor-adjunto da Universidade La Sapienza (Itália). Teve passagens pelos hospitais Pérola Byington e pelo próprio Sírio-Libanês. Tem mais de 1.300 publicações, entre elas 37 livros científicos, mais de 450 artigos em revistas e jornais especializados nacionais e estrangeiros, duas teses publicadas e dois livros de poemas e colunas sobre saúde assinadas em jornais. O médico também atuou na vida política, entre cargos de secretário da Educação e da Saúde, tanto do Estado quanto da prefeitura, entre 1987 e 1995. Em 95, ele assumiu cargo de deputado federal, pelo PMDB, e conseguiu sua segunda legislatura em 2002. Pelo DEM (ex-PFL), ele foi eleito para sua terceira legislatura. O enterro ocorrerá às 17h no Cemitério da Consolação.

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