Politica

Gestores paralisam obras e responsabilizam CGU, critica Jorge Hage

postado em 02/07/2009 11:25
Ao comentar críticas relacionadas à paralisação de obras do governo federal, o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, afirmou que, em diversos casos, o órgão apenas identifica o problema e os gestores municipais e estaduais, ;por medo;, decidem pela suspensão e responsabilizam a CGU. ;Isso é muito frequente e não é verdade (que a CGU paralise as obras).; Após participar de entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro, Hage disse que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pediu uma ;lupa mais forte; em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O ministro lembrou que a CGU não paralisa nenhum empreendimento, apenas recomenda a suspensão dos serviços. Hage destacou, entretanto, que o órgão tem optado por uma estratégia diferente: reter recursos nos casos em que há suspeita de fraude. Como exemplo, ele citou uma obra orçada em R$ 20 milhões com suspeita de superfaturamento de R$ 2 milhões. A recomendação da CGU é que o valor cobrado a mais não seja repassado. As obras continuam mesmo durante a investigação. ;Mas há situações em que não há remédio, o problema já está consumado e não há outra solução a não ser a paralisação;, disse. Uma das situações citadas pelo ministro foi alvo da Operação João de Barro, em Minas Gerais. Hage explicou que a CGU já havia identificado problemas e que, após a abertura de inquérito pela Polícia Federal, foi descoberta uma organização criminosa que atuava em mais de 100 prefeituras. ;Não teve jeito, tivemos que recomendar à Caixa Econômica (Federal) que suspendesse os repasses. Agimos rápido com a polícia e retomamos as obras, mas perdemos dois meses.;

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