postado em 03/07/2009 14:56
A ministra-chefe da Casa afirmou que o partido Democratas também tem responsabilidade sobre a crise no Senado, já que dirigiu a primeira-secretaria nos últimos 20 anos. O órgão é uma espécie de prefeitura da casa. %u201CEu não acredito pelo tamanho da crise, pelo prazo da crise e pela quantidade de atos, que era possível ser praticado por uma pessoa%u201D. A ministra afirmou que está se dando um %u201Ctratamento desequilibrado%u201D ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB %u2013 AP) e que defende a apuração de todas as irregularidades na casa. %u201CA prática no Brasil que não está correta é achar que sempre que você pega uma pessoa e joga ela aos leões, você está no caminho de solucionar as questões éticas. O modelo não é esse%u201D, afirmou Rousseff. %u201CSe a casa foi dirigida na primeira-secretaria pelo DEM, o DEM também tem que prestar contas%u201D.
A crise se agravou no Senado após a divulgação de que cerca de 600 atos secretos foram assinados nos últimos anos, em benefício de apadrinhados dos senadores. A pressão para a saída de Sarney da presidência se agravou com a denúncia de que um neto do senador seria sócio de uma empresa de consignação de crédito para servidores da casa. O fato de o político não ter apresentado à Justiça Eleitoral uma casa de R$4 milhões pode gerar um novo desconforto na casa. A denúncia foi publicada hoje pelo jornal O Estado de São Paulo.