Politica

Virgílio desafia PMDB a denunciá-lo para o Conselho de Ética

postado em 06/07/2009 17:36
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), desafiou nesta segunda-feira (6/7) o PMDB a denunciá-lo ao Conselho de Ética. Virgílio disse que tem recebido recados de pessoas ligadas ao PMDB de que pode ser alvo de um processo por quebra de decoro parlamentar se não recuar na pressão para que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), se afaste do cargo. Virgílio afirmou que ligou para o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), e disse que esperava a ofensiva no partido até final da tarde de hoje. O líder afirmou que para ser calado terão que "cortar sua língua". [SAIBAMAIS]"Disse a Renan que se tiver que ser hoje será. Se alguém no PMDB tiver autorização para fazer isso, que faça. É uma notícia grotesca me imaginar processado pelo PMDB. Se querem me calar terão que cortar minha língua ou decepar as minhas mãos. Essa é a única forma de me calar", disse. Virgílio poderia ser denunciado por ter recebido um empréstimo do ex-diretor-geral Agaciel Maia, manter um funcionário fantasma em seu gabinete e ter ultrapassado limites com gastos de saúde. De acordo com a reportagem da revista "IstoÉ", Agaciel teria depositado na conta de Virgílio US$ 10 mil quando o senador teve problemas com o cartão de crédito numa viagem particular a Paris, em 2003. A revista diz ainda que o Senado teria pagado R$ 723 mil pelo tratamento de saúde da mãe dele, quando o regimento permite gasto anual de R$ 30 mil. A estratégia defendida por aliados do presidente do Senado seria dividir com o DEM a responsabilidade pela crise e constranger Virgílio. Os aliados de Sarney passaram o fim de semana fazendo as contas e sustentam que até 54 dos 81 senadores estão do lado do peemedebista. Para evitar um novo desgaste para o presidente da Casa, ameaçam divulgar dados comprometedores contra senadores do DEM que comandaram nos últimos anos a primeira secretaria do Senado - que é uma espécie de tesouraria da Casa. Para tirar Sarney do foco das denúncias esperam encontrar problemas nos contratos terceirizados, envolvimento no suposto esquema de fraude nos empréstimos consignados e decisões administrativas comprometedoras

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