Politica

Greenhalgh diz que abertura de inquérito contra ele é represália

postado em 06/07/2009 19:45
O advogado e ex-deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh afirmou nesta segunda-feira (6/7) que o pedido de abertura de um novo inquérito policial para aprofundar as investigações sobre seu trabalho seria "uma represália" contra ele, por ter descoberto a participação de agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na Operação Satiagraha. Greenhalg já foi advogado do grupo Opportunity, de Daniel Dantas. O pedido de abertura de inquérito foi feito pelo procurador da República Rodrigo de Grandis. [SAIBAMAIS]Em nota à imprensa, Greenhalgh afirma que "não há nada" em sua atuação como advogado do grupo de Dantas que possa maculá-lo. "Fui contratado para assisti-lo na qualidade de advogado, atividade que exerço há mais de 30 anos. Atuei na defesa de meu cliente nos estritos marcos da legalidade e da ética profissional". Além do inquérito contra Greenhalgh, o Ministério Público Federal em São Paulo pediu a abertura de dois inquéritos resultantes da Operação Satiagraha: para apurar crimes financeiros na aquisição do controle acionário da Brasil Telecom (BrT) pela Oi e para investigar evasão de divisas praticadas por cotistas brasileiros do Opportunity Fund, com sede nas Ilhas Cayman, no Caribe. "Existe possibilidade, no futuro, de serem oferecidas outras denúncias em face de outras pessoas ou mesmo dessas pessoas que foram denunciadas agora, por outros fatos", afirmou de Grandis. A intenção do Ministério Público Federal é investigar se Luiz Eduardo Greenhalgh teria cometido crime de formação de quadrilha. Quando a Operação Satiagraha foi deflagrada pela Polícia Federal, em julho do ano passado, o procurador chegou a pedir a prisão de Greenhalgh, mas o juiz federal Fausto De Sanctis entendeu que não existiam fundamentos para que a prisão fosse decretada. Na época, o Ministério Público Federal afirmou que Greenhalgh era suspeito de ter mantido contatos no Executivo para obter informações sigilosas sobre a operação policial. Em defesa, também na época, o ex-deputado reclamou da divulgação de suas conversas telefônicas e chamou de infundadas as acusações que pesavam sobre ele.

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