Politica

Ideia dos aliados de Sarney é votar a LDO e tirar o senador do foco das denúncias

postado em 07/07/2009 08:40

Como a crise do Senado não termina, os parlamentares decidiram correr com a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)(1) para antecipar o recesso do dia 18 para esta sexta-feira. Assim, longe das câmeras de TV que ajudam a inflamar os discursos no plenário da Casa, os estrategistas políticos esperam ganhar tranquilidade para tentar fechar acordos que permitam dar um fim à guerrilha entre os partidos aliados ao governo e os de oposição. O objetivo é organizar o próximo semestre com mais calma, sem que o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), passe pelo constrangimento de ver Arthur Virgílio (PSDB-AM), que mescla explicações sobre empréstimos com ataques, ou Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) pedindo que ele saia do cargo, como ocorreu ontem à tarde. Sarney não estava em plenário na hora em que Virgílio e Jarbas discursaram. Ficou em seu gabinete, no 6; andar, como é de costume nas segundas-feiras. Lá recebeu os aliados, Gim Argello (PTB-DF), Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL). A avaliação dele é a de que o pior já passou, mas que a situação ainda requer cuidados e faltam algumas respostas, como, por exemplo, a reforma geral da estrutura do Senado, mais enxuta e moderna. Ele recebe esta semana o relatório final da Fundação Getulio Vargas (FGV) para, então, promover as mudanças que forem necessárias. A seus fiéis escudeiros, Sarney tem dito que todas as medidas administrativas para dar mais transparência à Casa já foram tomadas. Os atos estão todos na internet, seguem sempre para publicação no Diário Oficial da União (DOU). No site do Senado estão ainda as despesas com a verba indenizatória. As horas extras foram regulamentadas, diretores demitidos. Além disso, há uma série de auditorias em curso, todas pedidas pelo próprio Sarney ao Tribunal de Contas da União. Os ex-diretores Agaciel Maia e João Carlos Zoghbi já respondem a processo administrativo. Isso sem contar as investigações a cargo do Ministério Público e da Polícia Federal. Ontem mesmo, Sarney mandou para o MP o relatório da sindicância sobre os atos secretos. Reforma administrativa à parte, os aliados do presidente consideram que, do ponto de vista político, a situação ainda requer cuidados já que o clima está longe da normalidade. Ontem mesmo, houve quem dissesse que os dossiês que o PMDB montou contra seus adversários vão começar a sair da gaveta. O líder do partido, Renan Calheiros, anunciou os nomes do partido para o Conselho de Ética, todos fiéis a ele: Almeida Lima (SE), Leomar Quintanilha (TO), Gilvan Borges (AP) e Wellington Salgado (MG), os mesmos de 2008. Mas, como a ordem é correr para o recesso, a expectativa é a de que o Conselho só funcione em agosto. 1- REGRAS A Lei de Diretrizes Orçamentárias é o único projeto que, se não for votado, impede o recesso dos parlamentares. A deste ano traz como novidade o fim do Projeto Piloto de Investimentos (PPI) e o reforço no caixa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O parecer do deputado Wellington Roberto (PR-PB) será discutido hoje na Comissão Mista de Orçamento sob o comando do senador Almeida Limam(PMDB-SE), aliado de Sarney que fará de tudo para que o texto seja aprovado até quinta-feira no plenário do Congresso. <--
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