O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realiza hoje a segunda reunião ministerial do ano. O encontro começou com uma explicação do ministro José Gomes Temporão (Saúde) sobre as medidas adotadas pelo governo no combate a gripe A (H1N1). O primeiro escalão do governo deve avaliar ainda a crise política que atinge o Senado, o impacto da crise financeira internacional e o novo marco regulatório do pré-sal. O presidente também deve encomendar aos ministros um levantamento sobre as realizações de cada pasta que possam ser utilizadas para mostrar os avanços do governo Lula.
Dos 37 ministros, ainda não compareceram nem mandaram representantes os ministros Juca Ferreira (Cultura) e Sérgio Rezende (Ciência e Tecnologia). As linhas gerais do novo marco regulatório da exploração da camada pré-sal descoberta na costa brasileira devem ser apresentadas aos ministros. O governo promete encaminhar o texto em agosto ao Congresso e espera contar com o aval da equipe ministerial para fazer a proposta caminhar. A ideia é utilizar as discussões do novo marco para diminuir o impacto de denúncias e possíveis constrangimentos que possam surgir na CPI da Petrobras --que deve ser instalada amanhã no Senado.
A preocupação do presidente é não transformar a discussão técnica sobre o pressão em política, com a possibilidade da oposição querer dificultar as negociações de olho na sucessão presidencial de 2010. Na reunião, o presidente deve discutir com os ministros o impacto das medidas adotadas para o combate da crise financeira internacional como a desoneração das alíquotas de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para eletrodomésticos da chamada linha branca, como fogões e geladeiras.
A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) deve fazer uma apresentação das ações do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). A última reunião ministerial ocorreu em 2 de fevereiro, quando a crise econômica dominou os debates.