postado em 13/07/2009 18:00
Os deputados Vanderlei Macris (PSDB-SP), Leonardo Quintão (PMDB-MG) e Hugo Leal (PSC-RJ), da Subcomissão de Transporte Ferroviário de Passageiros, da Comissão de Transportes, da Câmara dos Deputados, começaram hoje (13), pelo Rio de Janeiro as visitas que farão s capitais para verificar como está este tipo de transporte urbano no país.
Amanhã (14), eles seguem para São Paulo, na quarta-feira (15), para Brasília e, na quinta (16), para Belo Horizonte.
Estamos conhecendo a situação, porque o país deixou de investir neste tipo de transporte há muito tempo, declarou o deputado Hugo Leal, a bordo do trem da Supervia no trajeto entre a Central do Brasil e a Estação do Engenho de Dentro. Ele destacou também, que os investimentos em transporte urbano ferroviário são muito altos e de retorno lento. Para ele, os custos devem ser assumidos pelo Poder Público em parceria com a iniciativa privada.
Aqui no Rio, Supervia e Metrô estão apresentando resultados positivos há apenas dois anos. Até então, em 10 anos, só tiveram prejuízo, disse Hugo Leal. Como o transporte coletivo é concessão pública, o Estado é dono dos trens e as empresas concessionárias são as operadoras. Isto já é uma parceria que vem desde antes da proposta do PPP, as parcerias público-privadas, enfatizou.
Na cidade do Rio de Janeiro, a Supervia opera os trens suburbanos tradicionais e o Metrô, as linhas 1 e 2 e o chamado metrô de superfície, que são, na realidade, ônibus refrigerados com estações determinadas para embarcar e desembarcar passageiros.
Os deputados começaram as visitas, na companhia do secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, até sede do Metrô, ao Centro de Controle Operacional e s oficinas, no centro da cidade Eles estiveram nas obras da linha 1-A, que ligará o bairro de São Cristóvão Praça da Bandeira.
Depois, foram sede da Supervia, administradora das linhas de trens comuns, onde assistiram a um vídeo institucional e conheceram o Centro de Controle Operacional. Depois, a comitiva foi até a Estação Central do Brasil, seguindo em trem especial até o Engenho de Dentro, uma das mais movimentadas na linha dos subúrbios cariocas.
Pouco depois das 17h, eles seguiram de carro até a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para conhecer o Maglev, o trem magnético leve, desenvolvido pelo Instituto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ). O projeto foi apresentado pelo seu coordenador, o professor Richard Stephan.
O Maglev dispensa trilhos e rodas e foi projetado pela equipe do Laboratório de Aplicações de Supercondutores (LASUP), da Coppe, e da Escola de Engenharia da UFRJ, para percorrer um trecho de 114 metros durante a fase de teste e transportar até seis pessoas, por módulo de um metro de comprimento.
A meta, até o ano que vem, é ampliar para três quilômetros o trajeto, na Cidade Universitária, e aumentar a capacidade de transporte para 254 passageiros, por viagem, do Hospital Clementino Fraga Filho ao prédio da reitoria, a uma velocidade de 70 quilômetros por hora, como a do metrô carioca.